domingo, 12 de dezembro de 2010

Certo e Errado

Duas forças agem sobre meu corpo. Minha mente vaga pelas infinitas morais, pelos infinitos modos de se agir. O que é certo e errado? O que significam essas palavras? Meu coração explica que a resposta para essa pergunta deve ser baseada em alguma fé, mas tantas fés se professam... Já nem sei como conciliar. Já não sei mais o que é a morte, se existe céu ou inferno. Já não sei se existem demônios, o que sei é que sinto uma força superior em cada sorriso infantil, em cada gesto de carinho, em cada momento de alegria e tristeza. Sinto um algo superior agindo sobre nós enquanto escrevo estas linhas com muita emoção e pouco conhecimento prático. Talvez críticos do português façam comparações, talvez vocês leiam e pensem o quanto sou ridículo. Porém algo me faz movimentar os dedos. Talvez seja à força de algo superior a nós. O que são os sentimentos? Não sei... Não sei nem de onde eles vêm. Sei que nos fazem cometer erros. Ao mesmo tempo em que penso o que é um erro? Duas forças agem sobre meu corpo. Porém como saber lidar com elas? Como controlar minhas vontades e desejos de homem animal? Controlar para que?



Olho as nuvens e penso... Será que modificamos a natureza e criamos cargos, posições, status, casamentos, profissões, religiões, guerras, poder... Para dar algum sentido a nossa existência vazia? Sei que estou levantando muitas questões e respondendo pouco. Também tenho conhecimento de que este texto não tem lógica nem argumentação. Porém não se preocupem, quero apenas levantar questões que às vezes passam despercebidas e não irei as responder, já que não tenho este conhecimento e desabafo nesta linha minhas inquietações. Voltando ao assunto... Porque criamos todas essas regras de convivência, morais, jurídicas, porque necessitamos de tantas regras? Duas forças agem sobre mim, porque sou cristão e sigo as regras de cristo. Também sou cidadão, e vivo sobre as leis do estado. Talvez por isso as forças da luz, como inventaram, e das trevas estejam tentando me dominar. Algo pode estar me induzindo a errar - do ponto de vista de minhas crenças. Porém no que você acredita? No que acreditamos? Amigos... Não busquem respostas. Apenas reflitam... Pensem e se questionem. Para que vocês sintam o que sinto neste momento tão importante, aonde verbalizo - através desta máquina maluca - tudo o que me aflige em tempos tão conturbados, em que não sabemos no que acreditar nem tampouco em quem acreditar. No meio disso, uma frase - apenas - me parece certa: Tudo tem dois lados.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Crianças

Quando fui bater umas fotos em um hospital da região ouvi da irmã que comandava o hospital uma frase interessante que me fez escrever estas linhas. Com todo amor e carinho ela me disse: “ Gastamos tanto com essas crianças, pensamos tanto em salvar a vida delas... ai depois elas crescem vem um bandido e leva a vida delas . Assim fácil ....e o pior, não existe punição”.  Senti-me aniquilado e pensativo naquele curto instante.  “É verdade não é?” tentamos salvar a vida de crianças que talvez voltem para suas casas, em algum bairro dominado pela violência, e esqueçam a escola. Talvez se tornem bandidos, mocinhos, políticos ou pessoas de bem. Porém todos estarão alheios a essa praga do destino e podem, com facilidade, perder suas vidas em um assalto. “Eu entrei no carro falei que era um assalto. O cara foi puxar o freio de mão, pensei que ele ia pegar uma arma e o matei”, disse um detento em alguma edição da VEJA. Assim... Fácil! Como se para ganharmos vida, não tivéssemos que lutar. Como se para sobreviver, também, não tivéssemos que lutar. “Briguei com um cara e dei umas facadas nele, ele morreu. Então eu estava no bar e um amigo dele veio tirar satisfação então eu falei: ‘Quer brigar irmão? ’ele disse: ‘Sim’, então peguei uma faca e matei-o, um dos meus amigos foi me acalmar e matei-o também, no memento de raiva. Só da morte do meu amigo, me arrependo”, falou outro detento a VEJA. E a vida? Que importa? Para caras como esses detentos nada. Pessoas e exemplos como esses que levaram a irmã a falar aquela frase. Porque tantas mortes? E o pior... Porque tantas mortes por motivos absurdos? (Não que algum motivo justificasse tal ato). E assim... O sol da esperança vai caindo na escuridão e fenecendo.  Assim como nossa segurança. E as crianças? Vamos investir nelas, pois apesar de tudo, ainda temos bons exemplos. Por mais que a educação seja horrível. Continuemos senhores... continuemos!!!

domingo, 7 de novembro de 2010

Desabafo

A vida é um teatro! Somos os atores coadjuvantes! ...  Frases clichês que já cansamos de ouvir. Porém se pensarmos a fundo. Somos personagens no mundo? Críamos personagens para viver neste mundo? Amigos, cada um de nós criou sua própria imagem, seu personagem, para atuar em sociedade. Somos o médico tímido, a enfermeira assanhada, o professor extrovertido, o policial homossexual... quem somos afinal? Pergunta difícil, não? Somos o que fazemos? Somos o que representamos? Somos uma imagem no espelho, vivendo uma vida fosca? Somos a imagem que críamos em outrem o que somos? Não sei... Apenas sinto uma flecha em meu coração. Apenas sinto, que meu alterego, representa meus pensamentos e minhas atitudes o que esperam de mim. Minhas atitudes medidas a cada palmo, visam seguir as regras determinadas em livros, na convivência, na sociedade... enfim neste mundo. Interpretamos personagens, criados pela força da convivência. Sem nunca externar que realmente somos, sem falar mal, sem bater, sem lutar, sem duvidar! Poucos são os que rompem essa realidade. Mas então, se sou apenas imagem, se sou personagem, quem, realmente, sou? Um estudante? Um marido? Um filho? Quem sou? Você pode pensar que escrevi este texto porque estava vivendo uma crise de identidade, mas lhe pergunto que identidade? Você sabe que representam apenas um personagem no teatro do mundo e criou este personagem baseado na imagem que tem de si mesmo em seu espelho particular. Amigo, entenda, reflita. Não peço que mude. Apenas pense... Não se acomode com o que digo. Pense e tire suas conclusões. E faça a sua escolha. Viva o papel programado para você no script social, ou tente buscar a si em cada nova experiência, em cada novo livro, em cada nova música, em cada novo sabor, em cada novo sentimento, ou seja, no novo.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A política e a máfia

”A política é como a máfia”, assim definia Al Pacino na pele de Michael Corleone, no filme O poderoso Chefão. Cada político tem a sua “família”, tem seus capangas. Como no filme, onde cada “família” dominava uma parte de Nova York, cada candidato tem seu reduto eleitoral, sua base. Sarney no Amapá, sua filha no Maranhão, e assim vários outros. Cada um dominando a sua “área”, utilizando-se de diversos meios para isso. No Rio, um exemplo clássico, são os candidatos fazerem acordos com milícias de PMs corruptos. E pouco importa quanto sangue “role”, o importante é o poder. Cada “família” utilizando-se de seus meios para crescer e ser forte, sendo que sua força dependerá da quantidade votos feitos. Em um período eleitoral, vale tudo!  Atualmente, a política se resume a “família” petista, a “família” pmdebista ( que se uniu a petista esse ano) e a “família” Tucana. Porém senhores, não pensem que alianças entre esse rivais são “puras”. Tudo é negócio. Tudo  gira em torno de votos e dinheiro. Negociatas entre membros do governo, desvio de dinheiro, caixa dois, compra de favorecimento em licitações, compra de parlamentares, entre outras coisas fazem parte da dança das famílias. Porém, como no filme, também existem os traidores dentro de cada grupo. Um exemplo foi a morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel. Motivada, segundo o livro “ Deu no New Yotk Times”, do jornalista Larry Rohter, por uma desavença entre os petistas, já que , em pleno período eleitoral (primeira eleição de lula), ele iria colocar a público os esquemas de “caixa dois” do PT para financiar a campanha de Lula. Já que, neste período – segundo o livro-, cada prefeitura petista tinha um esquema e na prefeitura de Santo André o esquema era nos ônibus. E como se fosse coincidência, justamente, quando ele estava preste a falar, apareceu morto. Após, uma investigação fraudulenta, mal feita e extremamente corrupta, nada foi concluído. Os parentes do prefeito morto, até hoje buscam justiça, e tudo piorou ainda mais depois de a família petista chegar ao então almejado poder. Lugar onde puderam se fortalecer. E , amigos, tudo que falo neste texto, pode-se resumir na frase do personagem Michael Corleone. A política é sim como a máfia. Cada político com sua família e seus capangas negociando, trocando, e buscando vender a alma em busca de poder. Tendo mais poder quem tem mais dinheiro e mais votos. Porém senhores, não se deixem convencer por essa politicagem. Não pensem que não há como mudar. Pois se todos pensarem desta maneira, realmente, nada mudará. Vamos lutar juntos por um país melhor! Sem essas famílias, sem esquemas, sem corrupção! É preciso acreditar na mudança. Ter ao menos um pingo de esperança, para que não nos tornemos uma “massa”, que não pensa só acata! Outra coisa, não pense que o nível de um político se mede por sua aceitação, pois se fosse assim Hitler seria o maior político da história com seus 90% de aceitação popular na Alemanha. E para terminar deixo uma frase de uma das músicas do nosso grande Raul Seixas: “Um sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Um sonho que se sonha junto é realidade”. Vamos sonhar juntos amigos!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Escrever bem

Difícil dizer como se escreve bem... Realmente lidar com as palavras não é tarefa fácil. Quando você pensa dominá-las por inteira aparece sempre um mentecapto, ou uma ‘nume’, ou qualquer outro termo, a qual temos de procurar no “amansa burro” ou no google. Depois disso, quando vamos escrever.... ainda sai um “Eu fui no cinema com meus amigos. Eles ‘gostarão’ do filme”. Mais uma vez vamos aos livros de gramática, ou então alguma alma santa nos alerta: “passado é gostaram e não gostarão... ão é futuro”. E assim diminuímos nossos erros e os verbos começam a ser lidos com mais leveza. Porém outros problemas começam a surgir. Vem aí as famosas irmãs coerência e coesão. Não me perguntem o que cada uma representa... Apenas sei que uma trata diretamente do português e a outra da semântica de um texto. Aprendendo a usar essas duas ferramentas, começamos a montar nossos discursos, tentando, claro, convencer nossos leitores a professarem nossa fé! Não começamos mais escrevendo sobre borboletas azuis e terminamos falando da china vermelha. Delimitamos-nos em um tema apenas. Também, já não escrevemos mais “Eu estava com fome. Não obstante, comi um sanduíche”. Nem tampouco, professamos nossas raízes indígenas no estilo: “Eu fazer a chapa esquentar”. Sabemos algo, já, sobre a nossa grande língua.  Porém ainda temos os sufixos, a semântica, os verbos, substantivos, adjetivos,  sujeito, predicado, complemento, verbos diretos e indiretos, orações, e muitos outros assuntos. Todavia digo a vocês... Para melhorarem sua comunicação, deixem esses estudos para os nobres acadêmicos de letras e estudiosos de nossa neurolinguistíca. Como se escreve bem então? Fácil, lendo. E lendo muito. Pois em cada livro aprendemos expressões novas e em cada novo termo um mundo de possibilidades. Assim, conquistaremos vocabulário.  E, passaremos com maior facilidade por todas as etapas já descritas anteriormente. Tentem... Vocês podem estar se perguntando, agora, o porque de escrever e ler ou o porque deste texto ridículo. Eu diria que uma das maiores fontes para um bom relacionamento em qualquer área de nossas vidas, passa pela comunicação e esta só pode ser realizada pelas palavras. Pessoas que lêem, escrevem melhor, falam melhor... Expressam suas idéias com facilidade. Encontram seu lugar no mundo. E se você leu este texto até o final, tenho de parabenizá-lo. Como um pequeno escritor e iniciante nessa área já aprendi que poucos são como você. É! Você é minoria, não só no Brasil, mas no mundo! Por isso tenho certeza de que já encontraste seu lugar em nosso mundo e se não encontrou ainda há de encontrar!  Então professemos doutores nossa língua. Vamos lá escrever, ler, nos comunicar com este mundo maravilhoso. Ah! Antes de tudo, esqueçam aquela bobagem acadêmica de como se escrever uma redação. Com introdução, tese, antítese e conclusão. Ajuda... Mas o melhor mesmo é escrever com o coração! Escrever o que se sente e vê. Comecem pela tese ou pela conclusão... Terminem com a introdução! Pouco importa! Apenas sejam vocês. E deixem as análises para os entendidos de gramática. Afinal, somos apenas amantes da expressão pura e simples sem eufemismos ou qualquer “enfeite”. Sintam as palavras descerem por seu corpo, por seu coração, sintam-nas tocarem sua alma... E assim vocês sentirão a magia das letras.

Amigos

Cada amigo é um anjo enviado para nos ensinar a arte de viver. Ensinar-nos a sorrir, chorar, amar e odiar... A sermos nós mesmos. Cada anjo é uma estrela em nosso céu negro, buscando iluminar pequenas memórias que nos fizeram crescer. Momentos que passamos e aprendemos um pouco. Somos feitos de sonhos, esperanças, amor e, sobretudo, de amizades. Nossos anjos estão sempre ao nosso lado. Podemos reclamar do que for... podemos não ter a vida que sonhamos... Mas se temos amigos, se temos família... Ao menos sabemos o caminho para a felicidade. De que adianta sermos reservados, lutarmos por bens materiais e vivermos cercados daqueles que só querem usurpar nossos bens? De que adiante buscar o ouro, se podemos lapidar nosso diamante – o coração- todos os dias? Amigos, meu tesouro não está em minha casa, pois minha casa são vocês. Não está em minha fortuna, se é que tenho, mas em cada cena de minha vida a qual vocês estiveram ao meu lado, me ensinando. E assim, nos construímos. Conhecemo-nos. Amigos, são anjos, são estrelas que iluminam o nosso céu escuro. Que não deixam com que caiamos no mar da desolação da autocomiseração. Amigos nos guiam pela tormenta e são nossa terra firme. O que seria de nos sem amigos? E quando falo de amigos, senhores, incluam a família. Pois a família é aquele porto onde sempre teremos lugar. Onde podemos, apesar de diversos anos longe, voltar e nos sentirmos felizes... Amados. Senhores... Não deixemos o orgulho afligir e acabar com nossas amizades. Não deixemos os dragões de nosso tempo nos devorar. Pouco importa nossa posição social... Nossos projetos particulares. Sem amigos, sem o amor, sem termos nossas bases, nossas pernas, não poderemos caminhar. Amigos são anjos, que nos guiam quando perdemos tudo em uma enchente, quando a escuridão domina nossa nume. Amigos são aqueles pelos quais lutamos sem medir forças e que, sempre, nos acolherão seja em suas casas, em seu coração. Amigos são cada célula de nosso corpo. O que seria de nós sem essas estrelas, que iluminam nossa escuridão? Por isso que a cada dia devemos agradecer a vida e ao destino a graça de termos amigos. A graça de poder viver e encontrar pessoas tão boas e solicitas. Agradeçamos aos amigos, senhores, e ao sentimento de amor que nos envolve. E vamos lá! Caminhar por esta estrada... Aumentando, cada vez mais, as estrelas em nosso céu negro. 

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Diga não a obrigatoriedade do voto!

Não sou um cronista, nem tampouco consigo manter meu compromisso com esta página. Trabalho e estudos me comem muito tempo. Devo desculpas a vocês leitores. Porém creio que não poderia deixar de falar sobre as eleições. Tanto que reservei um tempo, deixei os livros e afins de lado para – palavra por palavra – mostrar a vocês o óbvio... Claro que de uma forma rebuscada. Já que o papel de loucos como eu, que escrevem sem parar, é simplesmente fazer com que vocês leitores enxerguem as sutilezas de se viver. No caminho da faculdade até minha casa pensei várias vezes em como começar este humilde texto. Diversas idéias me vinham à mente. Poderia falar de uma porção de coisas, como a falta de interesse nossa com os candidatos, o fato de não sabermos propostas de nenhum deles, o fanatismo político partidário que tanto enoja minhas veias, as compras de voto e o comércio nas eleições, dentre muitos outros assuntos. Contudo, porém, antes que delineasse algumas palavras para “enfeitar” o papel branco do word, ocorreu-me que de todos esses assuntos  já cansaram dos holofotes da mídia. A grande maioria está “careca” de saber o que rola em período eleitoral. Então, como nos desenhos animados, uma lâmpada acendeu sobre minha cabeça. E uma grande pergunta – base de todas as boas filosofias – dominou minha nume. Porque odiamos o horário eleitoral? Será que é porque ele interfere na nossa rotina, encurtando ou modificando os programas que costumávamos assistir naqueles horários ou pelo fato de não acreditarmos no que os “engravatados” dizem? Digamos que as duas opções. Existem os que não gostam por um, ou que não gostam por outro. Porém, como ainda existem pessoas que ouvem a Hora do Brasil, há os que não perdem um programa eleitoral gratuito. E é esta opção de escolha que nos torna um país democrático. O que me leva a pensar no grande paradoxo das eleições. Se nosso país é democrático, porque o voto é obrigatório? Você pode pensar leitor: “É obvio, porque assim ninguém votaria”. E se, de fato, isso acontecesse teríamos de repensar nossa estrutura política. Já que a falta de votantes seria a demonstração de incredulidade e insatisfação com a classe política, ou politiqueira, como você preferir. Acho que o medo vem nos obrigando a enterrar nosso país. Já que no sistema atual os poucos interessados em exercer seu papel de cidadão não decidem as eleições. E a grande maioria – que odeia política, não entende e não quer entender – decide quem serão os nossos governantes. Fora que muitos vendem seu voto e o trocam por gasolina, botijão de gás, dentadura, entre outros favores. E, geralmente, os incrédulos que pensam: “Todos os políticos são iguais”, serão os mesmo que tentarão ganhar algo com as eleições. “Já que eles vão continuar roubando meu dinheiro mesmo e ninguém vai puni-los. Pelo menos vou faturar” e assim tudo o que construímos vai por água abaixo. O odiado horário eleitoral vive esquecido, coitado. Justo o programa que todos deveriam ver ou ouvir para conhecerem os candidatos, saberem de sua biografia e de suas propostas fica esquecido. Candidatos são defendidos cegamente porque simplesmente gostamos dele ou ganhamos algo. Se o voto não fosse obrigatório, não digo que a politicagem acabaria, mas pelos menos diminuiria. Os candidatos teriam de apresentar um alto nível, já que além de conquistar as pessoas, teriam que motiva-las a saírem de suas casas no seu único dia de descanso – domingo- para depositarem nele a sua parcela de decisão no futuro do país, Estado e Município. E os horários eleitorais? Deveriam continuar obrigatórios para garantir igualdade para todos os candidatos e o princípio de que qualquer um pode se candidatar. O tempo de cada candidato é que teria de se repensar. Vemos uma desigualdade grande nesse quesito hoje. Por hora amigos, dou a vocês a mesma dica de todos. Escolham pelas propostas e biografia e não vistam a candidatura de ninguém com caso de vida ou morte. Porém para as próximas eleições vamos lutar... Chega da obrigatoriedade do voto! Participa e exerce seu papel de cidadão quem quer e quem realmente tem interesse! É hora de derrubar esse resquício de imposição e de a idéia de liberdade de escolha invadir as eleições. Vota quem quiser!

 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Lebre e Tartaruga

Enquanto a lebre corria sem parar, a tartaruga planejava seus movimentos e sabia de suas limitações. Todos sabemos da vitória da tartaruga na fábula e , também, a moral da história. Já tão divulgada e professada. Porém é hora de pensarmos mais a fundo. Muito mais do que o lema “Devagar e sempre”, a fábula é uma dádiva sobre a confiança. Como diz o famoso velho ditado: “Tudo que é exagerado faz mal”. E, meus amigos leitores, isso vale para tudo em nossas vidas. O excesso de confiança da lebre pela sua larga vantagem, fez com que ela se acomodasse e tivesse a certeza da vitória. Tanto que foi dormir. E assim, amigo, é em nossas vidas. Cochilamos e pronto... Estamos desatualizados e demodês. Ainda mais agora em plena revolução tecnológica. Não podemos – mesmo depois de anos, décadas ou séculos de vida profissional – nos acomodar e pensar que tudo está garantido ou que já aprendemos tudo. Cabe aqui a grande frase de Sócrates: “Só sei que nada sei”. Nunca saberemos todas as coisas, não temos nem a dádiva de nos conhecermos a fundo. Por outro lado, amigos, na mesma fábula têm o exemplo da tartaruga. Confiante mas ciente de suas limitações. Em cada passo dado, procurava manter-se firme com cautela e sem pressa. Gostava de sentir cada movimento de seu corpo e esforçava-se para ir ao limiar de seus limites. Enquanto a lebre corria achando que ganharia pela sua larga vantagem e a tartaruga ia em seu ritmo, aprendendo e aperfeiçoando-se,  confiante, mas sabendo dos riscos. Logo aproveitou o excesso de confiança e ganhou. Novamente cabe neste texto um velho ditado: “Cada coisa tem sua hora e cada hora seu caminho”. Paciência. Virtude em falta no mercado, mas necessária. Não adianta sairmos em disparada como a lebre. Em nossas vidas tudo acontece para nos engrandecer e em sua hora. Não adianta acelerarmos o processo. Boas oportunidades aparecerão. Alcançam o sucesso, que é igual a felicidade e realização, aqueles que aproveitarem melhor e aprenderem mais com os caminhos escolhidos. Então, amigos sejamos tartarugas da vida. Aprendendo e refletindo em cada nova etapa de nossa existência. Caminhando dentro dos nossos limites, mas sempre buscando ultrapassa-los. 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

As folhas caem...

As folhas caem devagar, giram e chegam ao chão. Uma por uma desfrunta o sabor da queda-livre e formam uma camada colorida. Ali elas encerram o ciclo de suas vidas. Porém a árvore se mantém intacta e forte. Agora, seus galhos nus formam uma paisagem lúgubre. Observo atentamente esta cena. Somos as folhas! - Grita meu coração. Nascemos na arvore da vida. Aprendemos seus costumes, nos prendemos a ela. Entramos em um ciclo vicioso e vivemos atados as mesmas grades, impostas pela arvore. Até que os ventos do tempo batem e nos libertam para o infinito.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A ultima geração

E a distância leva aos corações as tramas da saudade. O desejo ardente, a curiosidade e uma vida sem igual. Aos que disseram que este sentimento iria acabar a resposta está ensaiada: Sim! É inegável o fato de as comunicações e a integração mundial estarem mais próximos. Digo isso, pois resolvi mandar uma carta para uma grande amiga. “Vamos fugir as tecnologias”, pensei. Logo veio o questionamento, aonde vai o endereço do remetente e do destinatário? É só entregar no correio? Como funciona? E assim passei horas, tendo que recorrer a minha anciã (Mãe), que muito usou deste artifício, hoje, ultrapassado, ou melhor dizendo... Sinônimo de azar, aliás, de contas a pagar. Já que, atualmente, nossas correspondências se dividem entre publicidade e faturas. Como todo bom brasileiro, mais pendências é claro!

Amigos leitores, minha grande duvida, que acredito ser a de vocês, é sobre as gerações futuras. Será que nossos filhos terão o sabor doce da simplicidade e da dificuldade em suas vidas? Passarão horas pensando em alguém sem ter comunicação com essa pessoa? A saudade linda e maravilhosa ainda vai se professar nos corações alheios, ou será resolvida com um toque? Muitas dúvidas... Mas, infelizmente, vemos que tudo indica que, para todos os questionamentos levantados, a reposta seja: Sim! Como o amor, a saudade morre lentamente, amigos. Somo a ultima geração... A ultima geração da bolinha de gude, do pião, da pipa, do tazoo, dos álbuns de figurinha, do super-mario, da TV Colosso, do Sitio do Pica-Pau Amarelo, enfim, somos os últimos a sentir este gosto.

Essa é à força da tecnologia, senhores, mudando sempre o produto a venda. Porém até onde vai nos levar a parafernália vermelha e azul? Tenho meu palpite... Arriscaria na solidão, no isolamento... Vivendo com amigos virtuais, pois a nova geração vive mais solitária e na frente de um vídeo-game, televisão ou computador, do que na rua conversando correndo. Aliás, não teremos mais crianças no futuro, apenas milhões de pequenos adultos, agindo, se vestindo, como se tivessem maturidade. Forçados, é claro, pelo mercado.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Morte Politíca

No meio de tantas filosofias gregas coladas nas paredes do nosso tempo, nos perdemos. Está difícil encontrar, na nossa geração, alguém que ainda acredite na política. Alguém que ainda viva e se importe com o nosso país, com a sua economia e com as leis. Cada vez mais, os sindicatos perdem filiados, as associações de moradores sua força. Até os novos professores estão se formando na cartilha do desinteresse, da inércia. Digo isso, leitores, pois ouço constantemente reclamações de professores antigos, em vias de se aposentar. E todos dizem o mesmo: “não sei o que será da nossa profissão, os novos não buscam não vão atrás dos seus direitos, não lutam não se mobilizam... só querem seu trabalho e dinheiro e ponto”. Claro, não vamos generalizar, pois no meio do joio sempre tem um pouco de trigo. Mas este é apenas um exemplo. Chegou à hora de enxergamos o problema que iremos enfrentar com essa inércia. Temos ainda muito que lutar muito no que progredir. Não basta querermos apenas sobreviver, apenas obedecer. Senhores, se não existissem anarquistas, comunistas, que lutaram pelos direitos de cada um, não teríamos em nosso mundo se quer uma constituição trabalhistas. Digamos não a inércia. Chega de desinteresse. Somos animais políticos, já afirmavam os filósofos gregos. Façamos política então. Lutemos por nossa classe trabalhadora, por nossos assalariados que passam fome e são escravizados. Até a política acadêmica tem sofrido. Criar Centros acadêmicos tem sido cada vez mais complicado, já que ninguém se interessa. Estamos apenas acatando a tudo que nos mandam fazer, a tudo o que dizem. Leitor duvide de tudo. Vamos lá... ao menos reflitamos então. Pois nem isso estamos fazendo. Chega de ler, algo, como este texto, e aceitar como verdade. Alias o que é a verdade? Inércia... vamos banir essa palavra de nosso dicionário. Senhores... vamos à luta! Ou, ao menos, vamos nos interessar por política. Visto que no fim das contas ela que decide tudo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Recomeçar

Recomeçar... Essa é a palavra escrita no peito dos vencedores. Personagens que lutam e não se deixam abater. Como Rocky Balboa diz em algum dos seus filmes: “O melhor lutador não é aquele que tem o melhor golpe, mas sim, aquele, que resiste mais aos golpes adversários”. Senhores... Viver neste teatro as vezes vil, as vezes feliz é assim. A cada duro golpe sofrido, temos de nos levantar antes de o juiz contar até dez e sermos derrotados pela força das nossas más escolhas ou das más intenções alheias.

A tristeza e a depressão tem se tornado constante nas faces que observo em meu dia a dia. É tempo de recomeçar, caros leitores. Temos de arrumar nosso leme, içar nossa vela e navegar pelo mar da serenidade. Está na hora de mudarmos os rumos de nossa caravana, para que possamos aportar em terras férteis e coloridas. Mas para que isso aconteça, cada um tem que mudar sua vida. Como diz nosso eterno Raul Seixas em uma de suas canções: “Um sonho que se sonha só, é só um sonhos que se sonha só, um sonho que se sonha junto é realidade”.

Vamos mudar a realidade. Está na hora de afogarmos a depressão e mostrarmos para quê viemos. É tempo de ouvir as palavras da consciência e procurar mantê-la sempre branca e limpa, vivendo do que é certo. Amigos... É hora de recomeçar! Em todos os segmentos. Recomeçar na política, na economia, na rotina, no trabalho... Em nossas vidas. Para que possamos desenhar um novo fim para esta outrora Vera Cruz. Então guardemos na memória e no peito um dos bordões de nosso Chico Xavier: “Nós não podemos voltar ao passado e fazer um novo começo, mas podemos recomeçar e escrever um novo fim”.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Pela avenida

Um senhor caminha pela avenida Centenário de sua outrora Cresciuma. Passeia e se emociona a cada passo. Seu primeiro beijo, na estação de trem, numa noite de carnaval. As missas na catedral e o movimento de emancipação. Tudo como um turbilhão revoa por sua nume. Seus olhos param na antiga casa ferroviária, esquecida casa, que repousa as margens de onde vinha o trilho, de onde estava a estação. Agora desfilam ônibus imponentes, e ao invés da estação, um terminal urbano.

Cansado e com nostalgia, continua sua matilha e põe-se a caminhar. O café São Paulo vem em sua mente...  A praça, pequena praça, sempre ponto zero da cidade, agora rodeada de para peitos. Tempos áureos, onde o carvão aquecia a economia, hoje tão estagnada. Seu coração balança quando lembra da igreja mais bela que repousava na então vila do Rio Maina, porém um ensaio de choro sai de suas entranhas ao lembrar da torre sendo demolida e um novo caixão em construção no seu lugar. “Maior crime contra a história! Pintores vindos da Itália tinham feito obras magníficas no teto”, pensa com raiva.

Seus jogos de bolinha de vidro, suas partidas de futebol... Como assombrações aparecem. A idolatria pelo Metropol, e as grandes disputas travadas nos gramados fazem-no sentir saudade. Mas o principal... A proximidade das pessoas, o cumprimento na rua – mesmo sem conhecer- os abraços, o companheirismo, as festa juninas planejadas com amigos o fazem sentir-se feliz por ter vivido aquele tempo, já que seu futebol migrou para as telinhas, suas bolas de vidro já não existem, seus vizinhos nem o conhecem, as pessoas correm sem se olhar... E a sua estação e o seu primeiro beijo? Hei de repousarem em seu corpo a sete palmos do chão.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ciúme e Obsessão

Muitos casos de obsessão passam por minha nume. A mídia noticia-os e faz um diagnóstico com especialistas que compraram seu diploma e pouco acrescentam ao que já sabíamos. Menina eloá e o sensacionalismo de redes que buscam seu espaço. Mas um tema, para minha crônica, surge destas peripécias da vida: o ciúme. O que é o ciúme? Pergunta difícil de se responder. Será que é aquele sentimento de posse que temos sob algumas pessoas? Aquele sentimento egoísta que não nos deixa compartilhar? Pode ser. Temos um retrato claro de uma mente ciumenta nas palavras de nosso eterno Machado de Assis em seu famoso Dom Casmurro, onde Casmurro fantasia um caso de sua mulher com seu melhor amigo, como muitos fazem. É o caso de homens que torcem o nariz com os colegas de trabalho de suas esposas ou namoradas e tentam privá-las do sentimento chefe no ser humano: a vida em sociedade. Muitas aceitam, bem como, muitos homens. Porém o que o futuro reservará a essas pessoas? Apenas uma palavra: Dependência.

Perdi muitas amigas por ciúmes tolos de namorados que não se “garantem”, ou não confiam e acham que tudo beira a traição. E vos digo que estas pessoas amanhecerão num domingo sem namorado e amigos, solitárias em seu próprio sofrimento e o que é pior, sem ter ao menos um ombro onde se encostar.

Realmente já tentei entender este sentimento que beira a obsessão. Muitos dizem que é prova de amor, mas acredito que de forma exagerado é o começo do fim. Nos noticiários, vemos mortes e mais mortes. Maridos matando esposas, namoradas matando seus parceiros. Ciúmes tolos. Obsessão. Pessoas que bradam: “Ela é MINHA namorada!”. E assim, a espécie Racional Humana, sucumbe ao seu lado animal, seu extinto principal: o domínio. Tentamos dominar outrém e “mandar” em sua vida para nos sentimos superiores. Esta é a lógica do ciúme possessivo. O ciúme que mata. Então, amigos,tomem cuidado de si e não tornem-se Dons Casmurros, que vivem a fantasiar algo que , como no livro, muitas vezes, não se comprova. Infelizmente, temos de aceitar... a incerteza é o tempero da vida. Então deixe pra lá essa duvida. Se ele ou ela é infiel, pouco importa, a consciência é de cada um e o tempo irá cobrar de quem caminha com a cabeça negra. 

 

domingo, 27 de junho de 2010

O jogo

A bola começa a rolar, milhões de corações angustiados roem unha, balança a perna.... Batucam na mesa. A cada minuto que passa a angustia aumenta as unhas diminuem, a perna cansa... E a mesa? Quase quebra. Olhos atentos, alguém tenta conversar, mas já o mandam fechar a matraca. “Vai... Vai!”, gritam todos. E quando o atacante chuta pra fora... “UHHHHHHHHHHHHHHHh.... que burro! Esse até eu fazia!”.

O narrador, também, ansioso para ver brilhar a estrela, entra no clima e transporta sentimento em sua fala. E os comentaristas influenciam os angustiados a terem uma opinião formada, ou então, xingá-lo. “Esse cara não sabe nada! Ele não ta no 4-4-2, ele ta no 4-4-3”. Os sons das cornetas não param na TV e o ouvido não agüenta mais, a comida já está quase pronta. “O irene, ta pronto o cachorro? Rápido, esse jogo ta acabando... e essas cornetas já to de saco cheio!”. O fim está próximo.

Todos ainda na pressão, observando e se concentrando na telinha ou telona mágica. Alguns com fantasias, óculos coloridos, chapéus diferentes, outros não tão empolgados, pensando na bolsa de valores e na idiotice dos homens que veneram um esporte e matam ou morrem, literalmente, pelo seu time. Mal sabe ele, que esporte, não é diversão é guerra. É o instinto competitivo de nosso lado animal. São pessoas tentando mostrar sua superioridade muscular ou de raciocínio. E o juiz? Figura paradoxal. Para os que se sentem roubados é um FDP, Desgraçado, PNC. Já para os torcedores do outro time um santo, um ótimo profissional... Quase um Deus.

E assim o tempo vai passando... Os nervos do corpo se contorcendo e o coração batendo cada vez mais rápido. Um grito fica guardado dentro do corpo. Todos querendo soltá-lo o mais rápido possível, mas “o time não ta ajudando, os ‘caras’ não tão jogando nada!”. E assim, sempre assim, nosso mundo verde e amarelo vai passando e o nosso patriotismo morrendo a cada novo confronto na tão famosa copa. Porém o coração de um apaixonado sempre gostará de sentir está angustia no peito e de soltar o famoso grito. Não mais por seu país, agora por seu time. No mais, tudo igual, políticos fazendo promessas... Pessoas morrendo de fome... Economia crescendo... Desigualdade também... Porém tanto faz. O importante mesmo é gritar: “Hexa campeão! Hexa campeão! Hexa Campeão!”.

sábado, 5 de junho de 2010

Visão

A felicidade pode vir de tampouco. As vezes sonhamos, buscamos, e nos iludimos com algo que não podemos alcançar. É como os homens que caçam mulheres e as mulheres que caçam homens. Ambos querem algo sério sim, mas são indecisos. Perseguem idéias impostas por outros meios. Ambos se atem a uma imagem e focam nela toda a sua energia, esquecendo-se de viver cada momento. Digo isso, pois ouvi uma frase que me tocou e me levou a esse raciocínio. Já lhes falarei que frase é antes devo continuar meus devaneios. É incrível como alguns se desesperam por tampouco. Basta alguma roda levantar um pouco dos trilhos que já começam a pensar que a vida é uma “merda” e que o trem ira descarrilar. Há, também, aqueles que riem de tudo, fingindo serem alegres, mas no fundo escondem o que sentem. Esses devem se cuidar também. Amigos, alegria e tristeza, são partes integrantes da vida. Acostumem-se. Nem sempre vamos acertar, nem sempre vamos ser os melhores, nem sempre vamos ser amados, aliás, não podemos obrigar ninguém a nos “engolir”. Vamos vier e sentir! Vamos senhores, sentir o gosto da fruta. Vamos cantar. Vamos dançar. Amar! E amar muito! E tudo o mais... Sentir e conhecer outros cantos, fugir da rotina, escutar histórias de pessoas mais vividas, sentir a emoção de quem conta essas histórias. Chega de pensarmos e sermos egoístas. Vamos ligar no outro dia, nos preocupar com outros, não fofocar, mas realmente ter compaixão. E o principal, chega de chorar por coisas insignificantes. Devemos nos alegrar e pensar no que temos e o que conquistamos, chega de projetar futuros e se decepcionar se as coisa não andarem bem. Aliá, o que é o futuro? Chega de pensar no passado. Recomece agora a escrever seu livro. Sim! Recomece do zero. E mude seu ponto de vista. Mude o ângulo de sua visão. Agora vem ai a frase que me fez pensar em tudo isso. “Existem pessoas que enxergam um cisco no olho da outra, mas são incapazes de ver uma floresta”. Pessoas que focam apenas em algo pequeno e se frustram por isso, esquecendo de observar a imensidão eu é a sua vida. Não somos os culpados por tudo o que acontece conosco. Vivemos em sociedade, unidos, como irmãos. E , acreditem, as ações dos outros refletem sim em nossa vida. Não estamos ilhados e vivemos em conjunto. O acaso tem muita influencia sob nós. Não quero me alongar, por isso vou lhes dizer para não concordarem com tudo o que falei, mas raciocinarem e pensarem se isso procede. Estou apenas levantando um tema. Olhem para si e vejam, ou melhor, sintam. Nem revisei este texto, o deixei com a emoção que senti ao escrevê-lo... Espero que lhes seja útil.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Relacionamentos: Quem escolhe, ele ou ela?

Amigos, como dizem os filósofos, a dúvida é o que nos leva a evolução. Diante disso, um questionamento surgiu em minha cabeça. Nos relacionamentos humanos são os homens que escolhem as mulheres, ou as mulheres escolhem os homens? Difícil responder não acham? Estou com isso em minha cabeça e, enquanto escrevo estas linhas, pensamentos difusos enchem minha “cachola”.

Esse questionamento começou a crescer dentro de mim após ter uma conversa com um respeitoso veterinário amigo meu. “Nos animais, Lucas, as fêmeas escolhem os machos. Já o ser humano é ao contrário”, disse ele para meu espanto. Sim, Espanto! Digo isso, pois havia, recentemente, lido em um livro desses de filosofia, que afirmava o contrário, ou seja, que as mulheres é que escolhiam os homens com quem iriam se relacionar. E agora? Temos a tese e a antítese e como estava escrito no “Mundo de Sofia”, temos que formar a síntese.

Então vamos lá... Se para um, em nossa espécie, o homem escolhe a fêmea, e para outro é ao contrário... É lógico! Os dois acontecem. Simplesmente tem que surgir uma energia mútua! A prova disso está em nosso próprio meio social, onde algumas mulheres são infelizes por não terem o homem de sua escolha e alguns homens passam pelo mesmo e não conseguem “ conquistar” aquela “ gata” que almejam. Interessante... Creio que seja isso mesmo. É deve ser... Bom se você não concordar a dúvida está levantada. Pense nisso.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

No fundo do armário

“Compro ou não compro este presente?”, perguntava minha mente. Estávamos parados na beira de uma estrada e na hora esse sentimento não fazia muito sentido. “Compro”, peguei o presente e levei-o ao caixa. “ Vou entregar-lhe a morena mais linda que já conheci, com seus olhos castanhos e com seu jeito louco”, pensei e animei-me com a idéia.

O caminho era longo e tortuoso e o amor foi me dominando passo a passo. As lembranças dançavam no vazio do vidro, e o rosto moreno dela desfilava em meu corpo cansado. Estava triste, confesso, mas animado... Animado com a idéia de lhe presentear, tentando conquistá-la.

Como sempre, tudo deu errado. “Porque  nos empolgamos tanto com coisas que sabemos que não darão certo?”, perguntava-me. Sim, falei para ela que tinha comprado algo. Porém não saímos juntos, desde lá, ou melhor, só nos dois. Encontramos-nos apenas como amigos e com amigos. E como o meu amor por ela, o presente se encontra lá, guardado no fundo do armário do tempo. Esquecido... Morto.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Torne-se "jornalista" por R$40

Estava navegando na internet em busca de um livro, já que tenho ficha de leitura em minha faculdade de Jornalismo - a qual me orgulho de ser aluno - quando me deparei com tamanha falta de bom senso. “Curso de jornalismo... R$ 40 reais... você recebe o diploma em casa...”. Meu Deus! Gritou minha nume e muitos questionamentos anuviaram minha mente: Será que alguém faz um curso desses? Alguém confiaria em um jornalista com um diploma desses?

Acho que não. Primeiro porque um profissional que  se preze busca qualidade, e será que ele vai encontrar isso em um cursinho de R$ 40 reais e, ainda por cima, online? Olha... Seria meio difícil. Alguns podem dizer, “mas pra que curso o diploma não caiu?”. Respondo-lhes com serena calma, ele pode não ser obrigatório, mas conta, ou você acha que um veiculo de comunicação iria contratar uma pessoa formada nesse cursinho Online? É claro que o diploma tem valor sim. Óbvio, que ele não é garantia de competência, habilidade, astúcia, de que o formado seja um bom profissional, mas o diploma mostra que, pelo menos, a pessoa aprendeu as técnicas para um bom desempenho na profissão.

Questão de talento varia de pessoa para pessoa. Porém de que adiante apenas talento e nenhum saber técnico? O jornalismo também tem seus teóricos, seus estudiosos e toda a sua técnica. Se vocês pensam que qualquer um pode escrever e agüentar a rotina de uma redação... Tentem vocês mesmos, lidarem com a pressão e a corrupção. Tentem entrevistar três, quatro, cinco pessoas, escrever duas, três matérias (Com foto), ou então, gravar um ao vivo, para a televisão, na BR-101.

Chega de prostituir o jornalismo! Está na hora de a sociedade respeitar essa classe. Historiadores, e muita gente, crítica a postura profissional do jornalista, mas poucos compreendem. Por isso grito Chega! Para essas banalidades.... Chega! Para as pessoas que se acham jornalista, por possuírem algumas coluninhas... Respeitem essa classe, não como abutres de direita, como pintam alguns, nem como uma mídia tendenciosa, nem tampouco, como profissão de qualquer um! O Jornalista é um trabalhador honesto, como qualquer um e não se deve deixar manchar a reputação dessa classe por cursinhos como esse. Está dado o recado, de uma mente inconsciente e sem linearidade. Os jornalistas, que são julgados dia-a-dia, pedem apenas o respeito devido e o fim de IDIOTAS como o criador desse Curso.

domingo, 18 de abril de 2010

O espetáculo

Estava com as mãos frias e minha perna não parava de tocar sua sinfonia no chão. Minhas mãos dedilhavam algumas canções no violão, para assim afastar o nervosismo e levar nosso grupo ao clima certo. Fora um ano inteiro de preparos. E em cada ensaio os personagens iam se desenhando de acordo com o perfil de cada um, uma espécie de Clown. Eu tinha passado todo o dia no teatro. Ensaiamos pela manhã e a tarde fiquei vendo as apresentações. Era belo ver meus amigos em cena. Saber o que estavam sentindo. Acho que todos deveriam, ao menos uma vez, pisar em um palco, como o fiz a noite. Parei de tocar minha viola e comecei a me arrumar. “Tudo pronto?”, perguntou nossa diretora. “Sim!”, respondemos. O tempo de ela sair dos camarins e nos anunciar foi um dos mais longos da nossa vida. Então fazemos à fila, começou a música, entrou o primeiro personagem, cumpriu seu script e o público se aqueceu. Em seguida o outro e todos caíram na gargalhada, animando o resto da equipe, que esperava para entrar. Chegou minha vez... Quando entrei, as luzes turvaram minha visão, mas pude ver e ouvir o teatro lotado, e as risadas do público, que me elevaram a estima. Tornei-me outro ser, tornei-me o personagem, e apresentei.

No palco sinto que me completo. Todos nos observavam e nós em um clima de êxtase. EM cada novo ato, nossa alegria se renovava. Durante a peça pouco importava a pessoas que falaram que o teatro não nos levaria a nenhum lugar. Cada riso, cada aplauso-  durante a apresentação-  fez valer os dias de entrega, sem qualquer retorno financeiro, e  o tempo gasto, sem qualquer garantia de sucesso. Chegou o fim... Todos na platéia e no palco, exaltados. A musica final tocou, a ultima coreografia foi realizada. Os corações já estavam em frenesi. Mas o principal ainda estava por vir...

Ao agradecer, percebemos que o publico estava aplaudindo de pé! Um filme passou por nossas cabeças. Quem disse que o teatro não leva a nada nunca subiu em um palco. Nunca sentiu os aplausos, e todos, querendo descobrir, “quem era quem” durante o espetáculo.

 Ser ator é morrer de fome? Mas que tipo de fome? Pode ser que não tenha dinheiro para comer, que passe dias sem “grana”, mas quando o espetáculo termina, o sentimento se renova e a paixão volta a tocar o coração. O amor supera os dias difíceis e vê-se que tudo valeu a pena.  Quem falou que teatro não leva à lugar algum nunca subiu em um palco. Nunca foi aplaudido de pé, nunca representou qualquer personagem e se o fez, professou a maldita frase, por pensar que brilharia nas telhinhas e ficaria rico. 

Ser ator é amar, é representar a vida real para mostrar e criticar a sociedade, tentando fazer mudar o pensamento de cada espectador. Quem disse que o teatro não leva a lugar algum, nunca soube o que realmente é viver, nem, tampouco, o que é a cultura.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Existe vida após a morte?

“ Existe vida após a morte?”, perguntava uma de minhas colegas. “ Bom, não sei”, respondi. Estava pouco interessado em discutir algo que não é concreto e depende muito da crença de cada um. Porém a discussão continuou e eu continuei observando. “ Bom, eu acredito que exista sim, já que os mortos deixam mensagens, como as que Chico Xavier criptografava”, respondeu outra amiga da roda. Polemizando o assunto, alguns participantes, simplesmente não acreditavam. A discussão foi longa... E como sempre, nada resolvido.

Não sei se sou um pouco chato, ou sem opinião, mas acredito que pouco importa se existe ou não vida após a morte, e só responderemos essa pergunta quando for a nossa vez. Estranho pensar assim, acredito em Deus, sou católico, mas permito-me criar minhas regras particulares. Acompanhem meu raciocínio. Existindo ou não vida após a morte, continuamos neste mundo cheio de injustiças e desigualdades. Continuamos competindo como feras pelo ouro, na ilusão de que ele nos trará respeito e poder. Vivemos, ainda, tentando dominar uns aos outros, para mostrar o quanto somos fortes. Almejamos o controle de tudo, e por isso a tecnologia tem se desenvolvido. Temos de mudar nossas vidas, e, assim, darmos o primeiro passo para a mudança em nossa sociedade.

Se há ou não vida após a morte? Pouco importa, estamos vivendo esse momento, então, temos de curtir e tentar mudar, para melhor, o meio em que vivemos. Assim, deixaremos um mundo mais colorido para as futuras gerações.  Vamos lá, queridos amigos, buscar o amor, pois “somos todos iguais braços dados ou não, nas escolas nas ruas campos construções, caminhando e cantando e seguindo a canção”.

terça-feira, 23 de março de 2010

O dia cinza

Não sou surfista. Talvez, seja radical. Meu esporte é o jornalismo, exercido de maneira diferente a cada dia. Aventuro-me em cada pauta e descubro um mundo novo. Não sei o porquê, mas coloquei em minha cabeça que sou ator. Aventuro-me, com meu grupo de teatro, em cada nova peça e descubro um pouco mais de mim. Finjo que escrevo poemas e os publico. E em cada nova linha, vai-se um pedaço meu. Digo isso, pois hoje foi um dia reflexivo. Daqueles em que ficamos perguntando ao nosso alterego vários porquês... “Porque será que ainda estou solteiro? Se eu fosse surfista e sarado elas olhariam pra mim? Meus óculos e minha cara de nerd as afastam? Será que sou feliz?Porque ela não me quer?...” E as constatações da vida aproximam cada vez mais a tristeza.

Nesses dias cinzas parece que nada valeu a pena, é como se uma tempestade se alojasse em nosso coração. Tentamos afastar esses questionamentos com muito trabalho e concentração... Mas quem disse que conseguimos nos concentrar? Como agora, por exemplo... Tento escrever a primeira linha de uma matéria, mas nada saí. Simplesmente minha alma não para... Não consigo ir adiante. O pior é o sentimento ruim que bate no peito, algo como solidão.

Eterno tema de poemas... Solidão. E logo vem a constatação. De tanto amor não correspondido morre o coração e a esperança de um dia ter-se algum relacionamento. Em dias como esse, amigo, é melhor quebrar os espelhos.  

quinta-feira, 18 de março de 2010

Pobre Coração

Entro na sala, a qual trabalho por tanto tempo, e encontro um rosto novo. Novos lábios, novos olhos. E o coração bate forte. " Que linda!", exclama minha nume. Pobre coração, já está apaixonado. Assim, rápido e fácil. Começo a conversar. O papo de sempre. Nome: Caroline, Idade:18 anos... Depois das formalidades, abrem-se as cortinas para o jogo da sedução. Os dias passam e, cada vez mais, me apaixono. Porém agora é diferente... Não sinto isso pelos olhos - mais lindos que já vi - nem pelos lábios, mas sim pelas atitudes, ou melhor, pelo jeito de ser dela. No meio do jogo, pausa para a tão esperada pergunta:

- Vamos sair?

 - Vamos , mais aonde?

 - Podemos ir num bar, sexta...

- Sim....

 Porém o universo começa a conspirar. Não por falta de vontade. Apenas não era para ser na sexta. Sem pressão. Meus sentimentos não irão mudar assim tão fácil. Posso esperar, pois com ela é diferente. Não desejo-a carnalmente, mas sim com minha alma. Quero conhecê-la a fundo, quero fazê-la sorrir, trazer alegria em dias tristes, compreendê-la... Ser alguém especial, para alguém tão diferente, que sabe sorrir. Espero uma nova data, confesso, que com alguma ansiedade. Porém não tenho pressa... pois o que conquistamos com facilidade, se romperá facilmente.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Estado civil

O dia estava agitado. Chegara ao trabalho e muito trabalho tinha para fazer. No meio dessa “zorra”, uma consulta no oftalmologista me aguardava. Chegando no horário, peguei o carro e parti. Estacionei-o, entrei... tudo normal. Alguns pacientes esperavam sua vez. A secretária me chamou e pediu minha identidade e carteirinha do plano de saúde. Entreguei a ela. Sendo que na hora de preencher a ficha, num tom elevado, ela me perguntou:

- Estado civil? – Putz!.. Pra que fazer essa pergunta? Coloquei meus neurônios para funcionar. Dizer o que? “Ah coloca aí, encalhado!”, não, não iria professar meu fracasso ali. Respondi baixinho.

-solteiro. – nunca falei tão rápido e baixo.

- Desculpe, Não entendi...

-solteiro. – falei mais baixo e um pouco devagar.

- Senhor, repita, por favor.

- SOLTEIRO!! – soltei enfurecido, de tanta raiva.

Ela colocou na folha, me olhou como que dizendo: “Porra, não precisa fazer cena, to vendo porque ta solteiro”.Sentei e comecei a pensar. Algumas pessoas orgulhar-se-iam de dizer esta palavra. Falariam pausado, audível e com um “Sou”, para dar ênfase.  “Sou Solteiro”. Talvez por terem saído de um relacionamento a pouco. Não importa. Enquadro-me nos que não se orgulham, mas não se mutilam por isso. A expressão para meu sentimento é “Tanto faz”.  Enquanto não encontrei a pessoa certa, vou assim aos trancos e barrancos. Batendo a porta na cara.  Não sei porque tanta necessidade em mostrar algo a alguém. Sei lá... Prefiro morrer solteiro a viver um namoro de mentira, no qual eu não esteja interessado, só para que os outros não me “tachem” de “encalhado”. 

De uma coisa tenho certeza, quando eu encontrá-la, farei de tudo para que seja feliz ao meu lado. A mulher, ainda me olhando daquele jeito, agora me chama para a consulta. Vou lá, descobrir que minha miopia aumentou, mas não tanto quanto o preço da consulta que mais dói para mim.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A memória

Dizem que a memória é a fonte para sabermos o futuro. Podemos projetar trinta anos, utilizando apenas a memória e a observação. Uma crise, por exemplo, não surge em nossa vida ou em nosso mundo do nada. Ela dá sinais e sinais até alcançar seu apogeu. A noite que você foi grosso com a sua mulher, o dia em que brigasse com um desconhecido, tudo leva a algum lugar, a algum futuro. As escolhas, os caminhos, e como caminhamos definem o que seremos ou o que não seremos.

Só existe um senhor que pode nos contar se acertamos nossas previsões: o tempo. A memória e o tempo. O tempo pode acabar com uma memória, ou uma memória acabar com o tempo e ficarmos sem saber quando se passou. Lembro de diversas experiências e de como me senti. Porém se não lembrasse? Se não soubesse quem sou? Como viveria?

Como uma criança. Assim, sem saber de nada. Provando sabores conhecendo novos atores, novos odores e novas faces. Vivemos no mundo da lógica, mas se não existisse memória? Talvez desaprendêssemos coisas como Ironia, maldade, palavras que, ao longo da vida, se fazem presentes em nossa alma. Memória que falta a massa brasileira, digo massa porque ainda temos uma identidade fraca como brasileiros. Um senador coloca dinheiro na cueca e quatro anos depois nos perguntamos: Quem era mesmo aquele senador...? E ninguém sabe responder. A culpa, porém, é do excesso de informações.

Sabemos o passado de nosso país, então podemos projetar um futuro de escolas em ruínas e uma saúde falida, enquanto magnatas ganham milhões e aquecem, a “terceira” maior economia do mundo, o  que, como insistem em mentir os economistas, culminaria em uma divisão de renda melhor. Não se iludam, a fome é um mal necessário para a economia, a violência também. Como li em algum lugar: “ Em um mundo sem violência, para que policia? Para que segurança privada?” mais um nicho de consumo sumiria. Assim, como se não houvesse doenças ou vírus de computador.

Então, meus amigos, pensem no passado do nosso país e pensem no que viveram para projetarem seu futuro. Porém como tudo é incerto, não tenham certeza. Lembrem-se é só uma projeção turva e sem sentido, mas que pode nos ajudar a acabar com as surpresas desagradáveis. A memória é o palanque eleitoral do futuro. Lembrem-se amigos, não dos nomes, mas dos sobrenomes.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A arte pela arte

O sol tomava seu posto no céu, as nuvens, tolas, desafiavam os olhares humanos em formas incompreensíveis. No meio da rua silenciosa, apenas um cantarolar de pássaros acabava com tal estado. Neste cenário, ouvi o toque de um piano, frenético e lírico a tocar a famosa marcha de nosso eterno Mozart. Cada nota soava como um suspiro de resistência. Ao meu lado, parados, dois homens vestidos de preto, cabelos pintados em azul, piercings em todos os lados, debochavam de tal magia. “Tolos” pensei cá, com meus botões.  Não por estarem vestidos de tal maneira, mas por debocharem de um estilo musical, será que não percebem que isto divide a sociedade?

Senhores, não podemos mais permitir isso. Não é porque escuto rock, que devo odiar o samba. Nem, tampouco, odiar todos os ritmos existentes. Na boa, isso só serve para dividir a sociedade e saber para que nichos devem-se vender tais produtos. Cada um tem seu gosto, só estou alertando para o fato de que não podemos odiar algo, apenas porque nos disseram que devemos odiar. É como um clássico entre inter e grêmio, quem disse que eles são rivais? Quem criou esta premissa? Não é so a musica que leva, às vezes, alguns a atos idiotizados. O esporte também, brigas e lutas com que sentido? Nenhum. Porém não é sobre isso que venho lhes falar.

O pianista continuava a tocar sua marcha e a encantar minhas células, mas meu cérebro estava inquieto. Os dois homens já haviam saído. Procurei um lugar para sentar e me descansar enquanto ouvia o ultimo grito da música clássica. Cada vez mais, menos pessoas gostavam de tal arte e, nunca mais, se repetirão concertos de 4, 5 horas, pois agora tudo tem que ser rápido. A arte perdeu coma arte, com a tecnologia, e ganhou como produto. Poucos fazem arte pela arte. E a indústria cultural transformou tudo em produto. Hoje compramos um quadro, por exemplo, para enfeitar a sala porque ele é bonito, não por ter algum significado. Aliás, fora de um contexto, nunca saberemos o que o artista quis expressar se quis expressar algo.

As canções parecem todas iguais, e não reconheço, em meu tempo, nenhum novo Mozart, Villa-Lobos, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Bach, entre outros, que revolucionaram o seu mundo através da arte. Como o pianista que toca aos meus ouvidos, a arte parece distante das pessoas. Músicas que possuem a mesma letra, músicos que possuem os mesmos repertórios. Peças de teatro, que apenas querem público e perdem sua função social. Tiro por minha cidade. Se algum dia um drama for apresentado, em seu único teatro, e não tiver nenhum ator global no elenco, não terá sequer uma alma a assisti-la. Agora se, por acaso, uma comédia sem escrúpulos aparecer ao menos umas 50 pessoas estarão na platéia.  A arte perdeu como arte e ganhou como produto.

Nos tempos antigos, onde não tínhamos tantos instrumentos de alienação, as peças duravam horas a fio. Agora se passarem de uma hora, o público já perde o interesse. Não os culpo, pois a vida de todos está, cada vez mais, mais rápida. Porém será que nenhuma forma de arte prende a atenção de alguém mais do que alguns minutos?

Penso estas palavras, enquanto meu pianista dá seu ultimo toque no piano e o silêncio retoma a rua. O céu, lírico, me traz a tona, meus compromissos. Novamente, tenho que correr e correr e produzir e produzir. Como ouvi na fala de algum personagem: “Porque a pergunta é sempre o que eu vou fazer? O que você vai fazer Max? O que você vai fazer? Porque ninguém pergunta quem eu sou?” Isto é tema para uma outra crônica, mas pense sobre isso, e descubram-se.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Cansei!

Cansei! Não sei explicar o que aconteceu, apenas cansei...  Cansei de festas sem diversão e muita bebida. Cansei... Dessa rotina medíocre. Cansei das pessoas que fingem se importar comigo, e, na primeira oportunidade, me deixam só. Cansei... De ser sempre o último e nunca conseguir o que quero. Cansei de fingir estar sempre bem. Sou filho de Deus, também tenho o direito de me aborrecer... E, se não for compreendido, não me importarei, pois Cansei!... De guardar as mazelas que aprontam comigo e ainda fingir que nada aconteceu. Nunca gostei de certas atitudes. Odeio quem deixa seus amigos de lado “porque o namorado tem ciúme ou não gosta de tal pessoa”. Cansei dessa hipocrisia, dessa vida onde todos têm que serem perfeitos e viverem em uma tela de cinema.

Amigos... Cansei! Com todas as letras, cores, gostos e sabores. Nunca gostei de ser deixado de lado, e quero, como todos, chamar atenção. Grito todos os dias: “Hei! Olhem-me!”.  E cada um, dentro de si, fazendo o mesmo. A indiferença é o que mais mata, tenham certeza. Naquela noite senti que era indiferente minha presença e fingi mesmo que não conhecia ninguém. Desculpe, não sou um bom ator.

Cansei, com todas as letras, de ser julgado. Não apontem o dedo, não acusem. Apenas entendam. Meus amigos... Apenas cansei. Já estou me matando por dentro. E desabafo sim nessas linhas. Aliás, sou fraco mesmo. Não conseguiria falar isso na cara de qualquer pessoa, a não ser que eu estivesse bêbado.

E por último, prometo, cansei desse consumismo e dessa vida hedônica. A felicidade não está no prazer, nem, tampouco, em uma festa com vários carros som e muita bebida. Alias, a felicidade é um estado de espírito duradouro, alegria e euforia são apenas partes ínfimas de tal sentimento. Beber, não trás felicidade. Estar bem consigo mesmo é dar o primeiro passo para essa tão sonhada e distante palavra. Cansei... Dessas festas sem futuro. Quero apenas meus amigos ao meu lado e uma churrasqueira. Talvez algum grande amor apareça assim de repente... Pouco importa. Apenas sinto que cansei de certas coisas em minha vida. Vou mudar, para ver se algo muda.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Viver Bem

O céu estava azul e o sol reinava absoluto. Pessoas vinham e iam na calçada superlotada. Estava sentado na frente de uma loja em uma praça esquecida pelo tempo. Como sempre, pensava em mil coisas e traçava mil metas, das quais não conseguiria realizar nem a metade. Pensava nela a grande flor do meu canteiro. Ela é linda. Ela é simpática. Ela é meu amor. O problema? Eu ainda não a tenho. Porém não é isso que venho falar nestas linhas. O fato é que meus olhos começaram a notar as faces que passavam na corrida pelo banco onde me encontrava. Estava em meu horário de folga e pude perceber, dentro de cada olhar, uma tal de frustração misturada com um pouco de stress e uma pitada de tristeza. Só não digo que a maioria das faces observadas estava com depressão porque não as conhecia.

Cada vez mais, eu via menos pessoas sorrindo. Todos absortos em sua vida sem ao menos descobrirem a beleza do dia. Acho que eu era um dos únicos que tinha percebido a beleza daquela manhã. A maioria só pensava nos afazeres e por quê? Pra juntar mais dinheiro? Pra sobreviver? Em um outro dia estava tocando - no violão - para meu cunhado o seu lema. A música Epitáfio, dos titãs. (Para os desinformados Epitáfio é as “placa” que se coloca no túmulo com alguns dizeres). “Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer”. Então ele me falou: “É lindo isso, pensa comigo. Na hora que o sol está nascendo é a hora do rush, quando todos estão indo para o trabalho e o que precisa para vermos o sol nascer? Parar e observar. Se eu puder gazear o serviço para sair com meus filhos eu faço, posso perder dinheiro, mas eu faço”. E é isto que com todas essas palavras fatigadas venho dizer a todos e a mim mesmo.

Chegou à hora de observarmos mais e darmos valor aos bons momentos. Esqueçamos o trabalho uma vez na vida e paremos para olhar o céu e perceber a beleza da existência. Não, Não temos que ir atrás desses livrecos de auto-alienação, não precisamos dar o sangue e nossa vida para a empresa para termos sucesso. Nem tampouco precisamos ser os MELHORES. Chega dessas mentirinhas, pois no fim não levaremos nada. Nós ficaremos a míngua. Apenas façamos bem o que tem de ser feito. Trabalhemos o que tem que de ser trabalhado nem a menos nem a mais. Chega dessas mentirinhas, pois uma vida de sucesso não se faz com um bom emprego, mas sim com uma boa família. E não podemos ficar nos autocomiserando por ter errado, isso acontece e é assim que aprendemos. Portanto vamos lá senhores e senhoras degustar o sabor doce da manhã, de um sorriso, de um abraço, da vida!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Sucesso e felicidade

Durante minha longa caminhada percebi que uma palavra era o norte do nosso tempo. Esta palavra, que até hoje não sei como definir, permeia a vida em nossa hulmide casa, bairro, país, esquina, enfim, em todo o lugar. Felicidade. Todos buscam a felicidade. Porém poucos se questionam qual a definição desta palavra. Desafio qualquer um que ler estas humildes linhas a me responder: O que é a felicidade? Não, Não precisa ir ao dicionário, irei poupar seu trabalho e colocar a definição do nosso querido Michaells, sim eu não tenho aurélio em casa, aqui. Felicidade( lat. Felicitate) sf 1-Estado de quem é feliz. 2- Bem-estar, contentamento. 3- Bom resultado, Bom êxito. Felicidade eterna: Bem-aventurança.

Descobrimos aí um novo tipo de felicidade a Eterna, mas , amigos, deixo essa para outra crônica. Quero chegar com meus devaneios ao item 3- Bom resultado, Bom êxito, ou seja, sucesso. Mais precisamente quero lhes levar a uma reflexão. O que é o sucesso? Lembro de minha mãe falando, se você não estudar não terá sucesso, não será nimguém. Meus professores diziam a mesma coisa. Não venho aqui falar mal do estudo, não interpretem de maneira errônea, só quero mostrar o quanto o sucesso tem ou não de comum com a felicidade.

Sucesso é chegar a uma ótima posição na empresa? Ser rico? Ter dinheiro? ou viver uma vida sem luxos tendo uma família feliz? Pelo que percebo a maioria vê a felicidade como alcançar algum "status" dentro da sociedade, como dizem por aí, "ser alguém". Vejo, ao meu redor, famílias felizes com pais frutrados. Pais que não sabem dar valor aos bons momentos ao lado dos seus filhos e querem mais e mais ouro, pois acreditam que o sucesso vem da sua carreira profissional e tendo o sucesso alcançarão a tão sonhada felicidade. E neste mundo irreal, de miragens no deserto, o verdadeiro conceito e os valores se perdem.

Sucesso é algo que vêm de dentro para fora. Somos nós satisfeitos com nós mesmos. É o nosso alterego reconhecendo nosso próprio trabalho, por mais que nimguém note nossos sucessos. Temos de lutar pela beleza de lutar, quem busca o sucesso não pode confundi-lo com reconhecimento. Felicidade é saber reconher os bons momentos e vive-los. O sucesso é não perder a oportunidade de vivenciar, de ter novas experiências e aprender. Espero que entendam meu raciocínio neste texto sem pé-nem-cabeça. Sejam felizes!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

No bar...

-Me filiei ao PSFI do Brasil. –gritou Jorge ao entrar no bar. -Cerveja p’ra todo mundo, esta rodada é por minha conta!-todos festejaram.

Aproximou-se de mim:

-Lucas da silva! Como vai cara?

-Esse não é meu sobrenome!

-Me desculpe pela gafe Lucas, quer alguma coisa?

Aproveita heim!?

-Quero, quero sim!

-Então diga...

-Quero fazer uma pergunta. Qual a ideologia do teu partido?

-Boa pergunta, bom PSFI do Brasil luta... Luta por... Luta por lutar pô!

-Porque tu entraste p’ra política?

-Bom como disse Luis barrionuevo: “Não se faz dinheiro trabalhando”.

-O que significa PSFI?

-Bom siginifica Partido Sem Fundo Ideológico.

-Eu te conheço?

-Não sei, chutei teu nome. Aliás, vota em mim p’ra senador heim!?

-Sim... Sim pode deixar.

E depois dele, muitas outras siglas desfilaram por aquele bar. Todos por “coincidência” pagavam bebida a todos. Bom como o diz o ditado popular: “Voto de bêbado não tem dono”.