Estava com as mãos frias e minha perna não parava de tocar sua sinfonia no chão. Minhas mãos dedilhavam algumas canções no violão, para assim afastar o nervosismo e levar nosso grupo ao clima certo. Fora um ano inteiro de preparos. E em cada ensaio os personagens iam se desenhando de acordo com o perfil de cada um, uma espécie de Clown. Eu tinha passado todo o dia no teatro. Ensaiamos pela manhã e a tarde fiquei vendo as apresentações. Era belo ver meus amigos em cena. Saber o que estavam sentindo. Acho que todos deveriam, ao menos uma vez, pisar em um palco, como o fiz a noite. Parei de tocar minha viola e comecei a me arrumar. “Tudo pronto?”, perguntou nossa diretora. “Sim!”, respondemos. O tempo de ela sair dos camarins e nos anunciar foi um dos mais longos da nossa vida. Então fazemos à fila, começou a música, entrou o primeiro personagem, cumpriu seu script e o público se aqueceu. Em seguida o outro e todos caíram na gargalhada, animando o resto da equipe, que esperava para entrar. Chegou minha vez... Quando entrei, as luzes turvaram minha visão, mas pude ver e ouvir o teatro lotado, e as risadas do público, que me elevaram a estima. Tornei-me outro ser, tornei-me o personagem, e apresentei.
No palco sinto que me completo. Todos nos observavam e nós em um clima de êxtase. EM cada novo ato, nossa alegria se renovava. Durante a peça pouco importava a pessoas que falaram que o teatro não nos levaria a nenhum lugar. Cada riso, cada aplauso- durante a apresentação- fez valer os dias de entrega, sem qualquer retorno financeiro, e o tempo gasto, sem qualquer garantia de sucesso. Chegou o fim... Todos na platéia e no palco, exaltados. A musica final tocou, a ultima coreografia foi realizada. Os corações já estavam em frenesi. Mas o principal ainda estava por vir...
Ao agradecer, percebemos que o publico estava aplaudindo de pé! Um filme passou por nossas cabeças. Quem disse que o teatro não leva a nada nunca subiu em um palco. Nunca sentiu os aplausos, e todos, querendo descobrir, “quem era quem” durante o espetáculo.
Ser ator é morrer de fome? Mas que tipo de fome? Pode ser que não tenha dinheiro para comer, que passe dias sem “grana”, mas quando o espetáculo termina, o sentimento se renova e a paixão volta a tocar o coração. O amor supera os dias difíceis e vê-se que tudo valeu a pena. Quem falou que teatro não leva à lugar algum nunca subiu em um palco. Nunca foi aplaudido de pé, nunca representou qualquer personagem e se o fez, professou a maldita frase, por pensar que brilharia nas telhinhas e ficaria rico.
Ser ator é amar, é representar a vida real para mostrar e criticar a sociedade, tentando fazer mudar o pensamento de cada espectador. Quem disse que o teatro não leva a lugar algum, nunca soube o que realmente é viver, nem, tampouco, o que é a cultura.
No palco sinto que me completo. Todos nos observavam e nós em um clima de êxtase. EM cada novo ato, nossa alegria se renovava. Durante a peça pouco importava a pessoas que falaram que o teatro não nos levaria a nenhum lugar. Cada riso, cada aplauso- durante a apresentação- fez valer os dias de entrega, sem qualquer retorno financeiro, e o tempo gasto, sem qualquer garantia de sucesso. Chegou o fim... Todos na platéia e no palco, exaltados. A musica final tocou, a ultima coreografia foi realizada. Os corações já estavam em frenesi. Mas o principal ainda estava por vir...
Ao agradecer, percebemos que o publico estava aplaudindo de pé! Um filme passou por nossas cabeças. Quem disse que o teatro não leva a nada nunca subiu em um palco. Nunca sentiu os aplausos, e todos, querendo descobrir, “quem era quem” durante o espetáculo.
Ser ator é morrer de fome? Mas que tipo de fome? Pode ser que não tenha dinheiro para comer, que passe dias sem “grana”, mas quando o espetáculo termina, o sentimento se renova e a paixão volta a tocar o coração. O amor supera os dias difíceis e vê-se que tudo valeu a pena. Quem falou que teatro não leva à lugar algum nunca subiu em um palco. Nunca foi aplaudido de pé, nunca representou qualquer personagem e se o fez, professou a maldita frase, por pensar que brilharia nas telhinhas e ficaria rico.
Ser ator é amar, é representar a vida real para mostrar e criticar a sociedade, tentando fazer mudar o pensamento de cada espectador. Quem disse que o teatro não leva a lugar algum, nunca soube o que realmente é viver, nem, tampouco, o que é a cultura.

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