Sou daqueles que acredita em anjos. Não daqueles com asas e
assexuados, mas, sim, dos imperfeitos com barba mal feita ou maquiagem borrada.
Anjos que Deus colocou em nossas vidas para guardar e cuidar. Proteger-nos,
muitas vezes, de nós mesmos. Anjos que não tem nada de divino. São de carne e
osso, com qualidades e defeitos que por algum motivo entraram em nossas vidas e
estão sempre ao nosso lado. Motivos, estes, inexplicáveis. Já que podemos
conhecer anjos em qualquer lugar, sem aviso prévio. É como se Ele coloca-se
essas pessoas em nossas histórias no momento certo. “Agora João conhecerá
Maria. Os dois se tornarão bons amigos. Serão os anjos um do outro. João casará
com Márcia. Maria com José...”. Sim! Parece estar escrito. Como podemos
explicar, por exemplo, a força invisível que une os amigos? Simplesmente
acontece. Por isso é uma tremenda hipocrisia a afirmação de que “hoje não se
pode confiar em mais ninguém”. Nós temos que confiar, sim, em alguém. Temos que
ter amigos/anjos ao nosso lado. Somos seres políticos e precisamos nos
expressar. Porém isso já é tema para outro texto. Voltemos aos anjos de nossas
vidas. Alguns passam apenas em determinadas cenas de nossa peça. Eles entram
falam as suas falas nos transformam e se vão. Outros ficam um ato inteiro e,
depois de muito aprendermos com eles, saem do espetáculo. Nunca sabemos quando
poderão retornar. Porém, geralmente, quando voltam aquele sentimento ainda está
presente. Como disseram em algum lugar e irei parafrasear: Amigo verdadeiro é
aquele que quando encontramos, depois de anos sem nos vermos, é como se o
tivéssemos visto “ontem”. Temos, também, aqueles amigos/anjos, que geralmente
são nossa família, que ficam do começo ao fim de nossa história, ou entram no
meio e ficam até o final. Estes são os mais importantes. Aqueles que acompanham
nossa alegria e nossa tristeza. Aqueles com quem brigamos e nos reconciliamos,
que possuem a concessão de poder criticar ou elogiar nossas atitudes. Como
insistimos em não ouvir esses anjos... O problema é que, na maioria das vezes,
estão certos. E aí, depois de tudo, vem aquela frase: “Eu te avisei”. Até que
chegue nossa vez de criticar e tentar ajudar nossos amigos. E eles, também, não
nos escutam. E depois de perceberem que estávamos certos é a nossa vez de dizer
a frase. Porém o mais importante é que sorrimos e choramos abraçados com nossos
anjos. Choramos os amores que se passaram, a demissão na empresa, a nota baixa
na prova... Sorrimos com as novas paixões, com o novo emprego, com a ida para o
próximo semestre da faculdade... E, em todos os casos, terminamos no bar da
vida bebendo, sempre, mais uma dose de experiência. Aprendendo com nossos
Anjos/Amigos na alegria e na tristeza... Na saúde e na doença. Afinal como diz
a canção do Expresso Rural: “Amigo é um cobertor, bordado de estrelas!”.
sexta-feira, 29 de março de 2013
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