sexta-feira, 5 de abril de 2013

A oposição que destrói

Existia um reino, próximo ao mar, onde o rei Patrick Tiago acabava de subir ao trono, após um período de turbulência, ocorrido devido à morte do seu pai. Por não poder vestir a coroa, devido a sua idade, o poder foi assumido interinamente por Marcos. Um período negro na história do reino. Os roubos eram freqüentes já que, através de Marcos, toda a sua perversa família dominava. Na coroação de Patrick o povo lotou o castelo. Todos eram favoráveis ao seu comando. Porém os irmãos Peter, Marcos, Diego e Bruno, que antes estavam no poder, confabulavam para retomar o castelo. O primeiro passo foi recorrer aos juízes do reino alegando que Patrick não poderia assumir o trono. Depois começaram a difamar a imagem do rei. Todos os passos que o soberano tentava dar, em prol da população, eram freados pelos irmãos que buscavam favorecer sua família. “Rei posto é rei deposto”, diziam os irmãos. Pouco importava, para eles, a vontade de todos os moradores do condado, que não se intimidavam em manifestar seu amor pelo novo rei.  Eles queriam o poder a todo custo, para, assim, poderem fazer suas “falcatruas”. A situação estava ficando insuportável. O reino não conseguia se desenvolver devido à “oposição” suja dos irmãos que queriam retirar Patrick a todo custo do trono. Até que um juiz, em um ato de cólera, deu ganho de causa a Peter, Marcos, Diego e Bruno. Logo que souberam da decisão, os quatro correram para o castelo e queriam depor Patrick, sedentos pelo poder. Porém o rei já os esperava com seu exército e não entregou o trono. Assim começara a guerra, que por anos perdurou no condado. Esquecido, o povo passava fome e já não tinha mais a quem recorrer. A guerra continuava no castelo e na corte judiciária. Os mortos eram colocados em pilhas, mas nenhum dos soberanos queria saber. “Filho para com isso, vá lá e busque trazer esses irmãos para o nosso lado. Precisamos de união para construir um reino justo”, dizia a mãe de Patrick. “Mãe, eles querem a todo o custo o meu trono, como farei?”, respondia. E assim a situação ficava insolúvel. Até que, após anos de guerra, a corte judiciária decidiu a favor de Patrick. O que não demoveu os irmãos da ideia de tomar o poder. “Parem com essa loucura, vocês não percebem que estão enfraquecendo o nosso reino? Juntem-se ao rei e vamos fazer um reinado de união e crescimento. Nossos inimigos podem aproveitar para nos dominar”, disse um dos soldados aos irmãos. Como resposta eles cortaram a garganta do pobre coitado e disseram: “Quem não está conosco está contra nós e morrerá”. Porém a profecia daquele soldado era verdadeira. Logo o reino de Afar, inimigo eterno do condado, começou o ataque. Em menos de dois meses o rei Patrick já estava derrotado em uma masmorra ao lado dos irmãos. “Dividir para conquistar”, disse o rei de Afar, João. Enquanto na cela, a espera da morte, em um abraço eles selaram a paz. “Como fomos tão estúpidos? Ao invés de nos unirmos e lutarmos pelo nosso povo. Entramos em uma guerra pelo poder, como se nós mandássemos nesse condado. Agora o perdemos para sempre. Esquecemos que o povo e as suas vontades deveriam o ser nosso governante. É, a união faz a força e que isso sirva de lição para todos nós”, disse Patrick. Essas foram suas ultimas palavras. Todos foram mortos.

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