Amsterdam uma cidade famosa pelo fato de ser liberada a maconha. Onde você encontra de camisinha a energético feitos de Canabis. Porém uma cidade que é muito mais que isso. Com uma arquitetura fantástica e uma beleza ímpar. Padarias, casas de queijo, entre tantas outras coisas. De Berlim pegamos um ônibus noturno, para dormir é claro, até Amsterdam. Chegamos de manhã cedo e a estação estava fechada. Esperamos ela abrir e ainda dormimos mais um pouco até chegar o primeiro trem. A noite decidimos fazer um “Pub Craw”, onde você vai com um guia de pub em pub e ganha uma dose em cada local. Esse era na Red Light, pagamos um valor, que não me recordo, e no primeiro pub tínhamos direito a 30 minutos de vodka liberada. Era só pedir e uma mulher lhe servia no bico. Na camisa do Pub Craw já estava escrito: “Uma noite que você não lembrará, mas nunca esquecerá”, em uma tradução livre. Achamos uma mesa e sentamos eu e meus amigos. Começamos a beber e logo um grupo de uns três caras e uma menina loira começou a berrar e dançar. Continuamos nossa conversa, mas observando aquela loucura. Até que um dos caras simplesmente abaixou o calção, ficou pelado e o levantou uns minutos depois. “ Eles devem estar muito loucos”, comentamos. Ele fez isso umas três vezes e … ninguém deu bola. Era hora de sairmos para desvendar os pubs. Como falei estávamos no Distrito da Red Light, para quem não sabe, é o local onde se concentram as profissionais do sexo bem como tudo relacionado ao assunto. Inclusive peças de teatro, cabines de vídeo ou de sexo ao vivo. Antes de sairmos uma recomendação dos organizadores:
- Não batam foto de jeito nenhum. De celular ou qualquer forma. Se você ameaçar bater ou fazer algum tipo de imagem você vai ter que se virar com os cafetões. É terminantemente proibido qualquer tipo de imagem.
Enfim, começamos a andar pelas ruas e logo a primeira vitrine apareceu, uma mulher morena de lingerie chamava homens e provocava no espelho. E assim fomos caminhando até o primeiro pub. Primeiro shot e aquela hesitação de não conhecer ninguém que estava na mesma aventura. Encontramos, claro, alguns brasileiros e logo começamos a conversar. Em cada pub, uma característica diferente. Em um deles havia uma placa: “ Se for fumar maconha seja bem vindo, cigarro fume na rua”. Caminhamos por quase todo o distrito e era como se eu estivesse caminhando no centro da minha cidade. A diferença é que em cada vitrine havia uma mulher ou transexual dançando de lingerie. Algumas saíam na porta e mostravam os seios para chamarem os homens. Haviam todos os tipos de mulheres de todas as idades. A última parada era em uma “boate”. Estávamos animados para conhecer, afinal, era Amsterdam. Chegando lá a decepção veio com tudo. O local era pequeno, apertado e o som era como se fosse um heavy metal da música eletrônica. Um ritmo pesado e um cara com moicano ficava cantando uns versos aleatórias em uma língua impossível de decifrar, acredito que era o holandês. Mas o local estava lotado e o pessoal não parava de pular. Era uma loucura. “Tem que estar muito chapado pra curtir isso”, pensei. Ficamos ali tentando entender o que estava rolando com nossos novos amigos brasileiros. Depois era hora de ir para o hostel mais doido da europa. Todo pichado e com um chuveiro matador por onde saiam três fios de água, um para o teto, outro para a parede e o último para baixo. Era o fim de uma noite em Amsterdam. Porque na outra dormiríamos na rua… mas isso é história para outro crônica.
