terça-feira, 2 de maio de 2017

A reforma

Quando Dom João VI chegou ao Brasil, fugindo de Napoleão, trouxe consigo diversas heranças para o nosso povo. Entre elas uma em especial perdura até hoje. A corte do rei era tão inchada e cheia de ministros que para manter seu custo ele se viu obrigado a vender títulos de realeza como Duque, Cavaleiro, entre outros. Tudo para sustentar um governo inchado e corrupto. Como nossa corte atual. Ministros e mais ministros que nem sabemos ao certo quantos. Uma câmara de deputados que jorra dinheiro aos montes. Com auxílios impensáveis para quem ganha mais de R$10 mil em um país que o salário-mínimo é tão baixo. Verbas de gabinete exorbitantes. Uma vida de exageros. Mas a corte não pode se sacrificar pelo país, não é mesmo? Quem deve pagar é o trabalhador. Afinal que absurdo não contribuir 40 anos ou trabalhar até 65 ou 62 anos? Enquanto a corte se aposenta pelo simples fato de ter sido eleito para um cargo público. Empregados pagam a vida toda para ganhar uma miséria, enquanto vemos políticos com 3,4 aposentos ganhando R$10, 20 mil… Será que tem algo errado? Como uma conta dessa irá bater? Sem contar que os recursos que deveriam financiar a aposentadoria do trabalhador são utilizados em outras áreas. Resumindo, estão vendendo os direitos trabalhistas em nome de uma recuperação econômica que nada tem a ver com os trabalhadores. Afinal, quem desregulou as contas públicas? Tal qual o rei português, o governo vende ideias fajutas para dividir a população e continuar com todas as regalias de sua corte. Quer dizer… o povo brasileiro tem que se sacrificar, enquanto os abençoados vivem no céu da assembléia. Mas o problema é a arrecadação. Vejam o Rio de Janeiro, onde entregavam dinheiro para os políticos corruptos em mochilas. Coitados, em cada uma dessas só cabia R$500mil. Mas o Brasil é um país pobre… para quem não faz parte do clube. O governo é rico, mas gasta mais do que arrecada. E não poderia ser diferente já que a corte é tão grande que mesmo esmagando e sufocando empresas e trabalhadores com altos impostos a conta não bate. Mas até quando? Querem modernizar as leis trabalhistas, mas não modernizam a tabela SUS. Um Sistema que muitas vezes não paga nem 20% do valor dos procedimentos realizados nos hospitais. Resultado… a falência do sistema. Querem “modernizar” as leis trabalhistas com um estado atrasado, inchado e ineficiente. Tal qual o governo de Dom João VI. Enquanto brigamos e nos dividimos… Quem vence? Pense nisso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário