Recentemente o ministro do STF Gilmar Mendes proferiu um discurso que foi transmitido pelo Youtube. Foram 40 minutos de fala, sendo que uma expressão me chamou a atenção: “Estado Policial”. Disse ele: “É preciso colocar limites. Não podemos despencar para um modelo de Estado Policial…”. O que seria esse modelo? Será que estamos indo nessa direção? Não precisamos ir muito longe. Saíndo da política, na última semana, quando um jovem de 23 anos teve sua vida interrompida por bandidos, em Navegantes. Quantos jovens como esse já perderam a vida só nesse início de ano? Indo para o futebol apenas em um final de semana praticamente duas brigas de torcidas foram registrada. Um sendo entre apoiadores do mesmo time. E outro sendo justificada pelo fato de que a torcida organizada adversária avançou onde estava localizada a loja do organizada do outro time e que esta estava lá para proteger o local. Como se fosse o velho oeste. Como se fosse uma guerra, quando se deixa um batalhão cuidando da base. E o que se faz? Praticamente nada, ou zero. A impunidade faz parte do dia a dia da nossa sociedade. Porém basta ricos, políticos e os próprios membros do judiciário serem presos e investigados que aparecem termos como este. Gostaria de saber em que mundo vivem estes poderosos de Brasília? O ministro esquece que nunca iremos cair em um “Estado Policial”, porque o país já está dominado. Facções criminosas que assassinam candidatos a vereador no Rio de Janeiro para que os seus vençam. Candidatos a governador financiados pelo tráfico. O Comando Vermelho e o PCC já movimenta mais dinheiro que muitos estados brasileiros. E continuam tentando dominar todo o país, encontrando resistência e promovendo chacinas como vimos no Amazonas. A verdade é que estamos, sim, despencando para um modelo de “Estado Banditatorial”. Quem me dera poder viver nesse modelo proposto por Gilmar Mendes. Afinal se não houvessem tantos bandidos em todas as esferas, não estaríamos vivenciando esses episódios. Não existiriam operações da Polícia Federal nem investigações. Até porque, como teríamos um “Estado Policial”, se nem efetivo temos? Se faltam cadeias para abrigar tantos presos? - motivo pelo qual vários delinquentes continuam soltos na rua e nos estádios de futebol. Se não fossem as leis, frouxas e velhas que não se modernizam diante de tantas turbulências no câmara? Pense nisso. É hora de construirmos um futuro melhor. É hora de reformar e renovar a administração pública, porque no fim do dia tudo se volta a precarização dos órgãos públicos em todas as áreas. O Brasil está em uma das mais perigosas guerras: a silenciosa.
segunda-feira, 19 de junho de 2017
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