Buscava um pouco de sabedoria. Peguei um livro de Vinicius, intitulado Para Viver um Grande Amor. Abro o elixir do conhecimento e da poesia. Meu coração salta e se emociona. Porém esta emoção não é dedicada a nenhum verso ou crônica escrita pelas mãos do poetinha. Os dizeres mais belos, de todo o livro, foram grafados por mãos leves de um sorriso fácil e batalhador. Simples sorrisos que por um tempo foram meu norte e formaram o cimento de meus dias. “Para meu poeta preferido. Amo você, beijão”. Até seu nome esquecera-se de colocar aquelas mãos. Disse-me para que colocasse, mas não quis estragar tão lindos dizeres e escritos com uma letra tão linda. Agora percebo que realmente não precisava estragar tão simples magia com minha letra feia, pois meu coração ainda lembra. Minha nume ainda curva-se ante as lembranças daqueles poucos, mas intensos encontros. Algumas festas... Abraços, beijos, os quais misturo na garrafa do tempo e bebo, bebo a cada segundo. Viciado que estou em relembrar aquela face bela que durante algum tempo foi meu norte. E por mais que o tempo passe e outra pessoa ocupe o lugar vago em meu corpo, aqueles versos simples grafados com amor e carinho sempre estarão em minha mente. Vagando pela imensidão do meu tempo, dos meus dias e da minha vida. Emocionei-me ao relembrar aqueles belos dias em que me vesti de luz e enfrentei a vida com a certeza de te ligar no fim do dia e contar minhas aventuras e você contar as suas. Fecho o livro. Tenho que ir para o jornal. É hora de trabalhar e depois estudar e, à noite, continuar minha leitura. Talvez consiga passar da capa e me deliciar com alguns versos do eterno Vinicius e, assim, com ele dividir minhas horas vazias. Talvez, no futuro, aquelas brancas e leves mãos escrevam mais e mais... Dentro de mim.
terça-feira, 12 de abril de 2011
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