quinta-feira, 22 de abril de 2010

Torne-se "jornalista" por R$40

Estava navegando na internet em busca de um livro, já que tenho ficha de leitura em minha faculdade de Jornalismo - a qual me orgulho de ser aluno - quando me deparei com tamanha falta de bom senso. “Curso de jornalismo... R$ 40 reais... você recebe o diploma em casa...”. Meu Deus! Gritou minha nume e muitos questionamentos anuviaram minha mente: Será que alguém faz um curso desses? Alguém confiaria em um jornalista com um diploma desses?

Acho que não. Primeiro porque um profissional que  se preze busca qualidade, e será que ele vai encontrar isso em um cursinho de R$ 40 reais e, ainda por cima, online? Olha... Seria meio difícil. Alguns podem dizer, “mas pra que curso o diploma não caiu?”. Respondo-lhes com serena calma, ele pode não ser obrigatório, mas conta, ou você acha que um veiculo de comunicação iria contratar uma pessoa formada nesse cursinho Online? É claro que o diploma tem valor sim. Óbvio, que ele não é garantia de competência, habilidade, astúcia, de que o formado seja um bom profissional, mas o diploma mostra que, pelo menos, a pessoa aprendeu as técnicas para um bom desempenho na profissão.

Questão de talento varia de pessoa para pessoa. Porém de que adiante apenas talento e nenhum saber técnico? O jornalismo também tem seus teóricos, seus estudiosos e toda a sua técnica. Se vocês pensam que qualquer um pode escrever e agüentar a rotina de uma redação... Tentem vocês mesmos, lidarem com a pressão e a corrupção. Tentem entrevistar três, quatro, cinco pessoas, escrever duas, três matérias (Com foto), ou então, gravar um ao vivo, para a televisão, na BR-101.

Chega de prostituir o jornalismo! Está na hora de a sociedade respeitar essa classe. Historiadores, e muita gente, crítica a postura profissional do jornalista, mas poucos compreendem. Por isso grito Chega! Para essas banalidades.... Chega! Para as pessoas que se acham jornalista, por possuírem algumas coluninhas... Respeitem essa classe, não como abutres de direita, como pintam alguns, nem como uma mídia tendenciosa, nem tampouco, como profissão de qualquer um! O Jornalista é um trabalhador honesto, como qualquer um e não se deve deixar manchar a reputação dessa classe por cursinhos como esse. Está dado o recado, de uma mente inconsciente e sem linearidade. Os jornalistas, que são julgados dia-a-dia, pedem apenas o respeito devido e o fim de IDIOTAS como o criador desse Curso.

domingo, 18 de abril de 2010

O espetáculo

Estava com as mãos frias e minha perna não parava de tocar sua sinfonia no chão. Minhas mãos dedilhavam algumas canções no violão, para assim afastar o nervosismo e levar nosso grupo ao clima certo. Fora um ano inteiro de preparos. E em cada ensaio os personagens iam se desenhando de acordo com o perfil de cada um, uma espécie de Clown. Eu tinha passado todo o dia no teatro. Ensaiamos pela manhã e a tarde fiquei vendo as apresentações. Era belo ver meus amigos em cena. Saber o que estavam sentindo. Acho que todos deveriam, ao menos uma vez, pisar em um palco, como o fiz a noite. Parei de tocar minha viola e comecei a me arrumar. “Tudo pronto?”, perguntou nossa diretora. “Sim!”, respondemos. O tempo de ela sair dos camarins e nos anunciar foi um dos mais longos da nossa vida. Então fazemos à fila, começou a música, entrou o primeiro personagem, cumpriu seu script e o público se aqueceu. Em seguida o outro e todos caíram na gargalhada, animando o resto da equipe, que esperava para entrar. Chegou minha vez... Quando entrei, as luzes turvaram minha visão, mas pude ver e ouvir o teatro lotado, e as risadas do público, que me elevaram a estima. Tornei-me outro ser, tornei-me o personagem, e apresentei.

No palco sinto que me completo. Todos nos observavam e nós em um clima de êxtase. EM cada novo ato, nossa alegria se renovava. Durante a peça pouco importava a pessoas que falaram que o teatro não nos levaria a nenhum lugar. Cada riso, cada aplauso-  durante a apresentação-  fez valer os dias de entrega, sem qualquer retorno financeiro, e  o tempo gasto, sem qualquer garantia de sucesso. Chegou o fim... Todos na platéia e no palco, exaltados. A musica final tocou, a ultima coreografia foi realizada. Os corações já estavam em frenesi. Mas o principal ainda estava por vir...

Ao agradecer, percebemos que o publico estava aplaudindo de pé! Um filme passou por nossas cabeças. Quem disse que o teatro não leva a nada nunca subiu em um palco. Nunca sentiu os aplausos, e todos, querendo descobrir, “quem era quem” durante o espetáculo.

 Ser ator é morrer de fome? Mas que tipo de fome? Pode ser que não tenha dinheiro para comer, que passe dias sem “grana”, mas quando o espetáculo termina, o sentimento se renova e a paixão volta a tocar o coração. O amor supera os dias difíceis e vê-se que tudo valeu a pena.  Quem falou que teatro não leva à lugar algum nunca subiu em um palco. Nunca foi aplaudido de pé, nunca representou qualquer personagem e se o fez, professou a maldita frase, por pensar que brilharia nas telhinhas e ficaria rico. 

Ser ator é amar, é representar a vida real para mostrar e criticar a sociedade, tentando fazer mudar o pensamento de cada espectador. Quem disse que o teatro não leva a lugar algum, nunca soube o que realmente é viver, nem, tampouco, o que é a cultura.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Existe vida após a morte?

“ Existe vida após a morte?”, perguntava uma de minhas colegas. “ Bom, não sei”, respondi. Estava pouco interessado em discutir algo que não é concreto e depende muito da crença de cada um. Porém a discussão continuou e eu continuei observando. “ Bom, eu acredito que exista sim, já que os mortos deixam mensagens, como as que Chico Xavier criptografava”, respondeu outra amiga da roda. Polemizando o assunto, alguns participantes, simplesmente não acreditavam. A discussão foi longa... E como sempre, nada resolvido.

Não sei se sou um pouco chato, ou sem opinião, mas acredito que pouco importa se existe ou não vida após a morte, e só responderemos essa pergunta quando for a nossa vez. Estranho pensar assim, acredito em Deus, sou católico, mas permito-me criar minhas regras particulares. Acompanhem meu raciocínio. Existindo ou não vida após a morte, continuamos neste mundo cheio de injustiças e desigualdades. Continuamos competindo como feras pelo ouro, na ilusão de que ele nos trará respeito e poder. Vivemos, ainda, tentando dominar uns aos outros, para mostrar o quanto somos fortes. Almejamos o controle de tudo, e por isso a tecnologia tem se desenvolvido. Temos de mudar nossas vidas, e, assim, darmos o primeiro passo para a mudança em nossa sociedade.

Se há ou não vida após a morte? Pouco importa, estamos vivendo esse momento, então, temos de curtir e tentar mudar, para melhor, o meio em que vivemos. Assim, deixaremos um mundo mais colorido para as futuras gerações.  Vamos lá, queridos amigos, buscar o amor, pois “somos todos iguais braços dados ou não, nas escolas nas ruas campos construções, caminhando e cantando e seguindo a canção”.