No alto daquele morro, perdido entre as praias de torres, a paz veio me visitar. Olhou em meus olhos e abraçou o meu coração. No alto daquele morro, juntinho ao meu amor, a paz conversou comigo enquanto fitávamos o infinito oceano azul. Era como se eu fosse imortal. No alto daquele morro, não existiam preocupações. Ninguém era preto, amarelo ou branco. Ninguém era rico, pobre ou classe média. Nada era medido. Não existiam perdedores, nem tampouco vencedores. Estava eu longe de guerras psicológicas. Sem precisar provar nada para ninguém. Sem ter que lutar para sobreviver. Era apenas eu, meu amor e a paz dentro de mim. Meus atos, minha imagem e meu ser não eram julgados a cada instante, a cada passo. Não havia regras de etiqueta, nem apelos morais ou legais. Não existiam posições sociais. Nem tampouco, existiam horas para se cumprir. Horários para ir e vir. Cobranças pelo feito e não feito. Era apenas eu, meu amor, a paz e o oceano.
Cada vez que fitava aquele azul, percebia o quão pequeno sou. Diante daquela imensidão me via como uma gota, perdida entre sete bilhões. Lutando para ocupar meu espaço naquele infinito. E embora as ondas insistissem e me levar de volta para o começo, não desistia e continuava. Vencendo, devagar, cada barreira. Renovando-me em cada novo ciclo, ficando cada vez mais forte. Até o sol bater e eu evaporar e voltar ao oceano de outra forma. Quantas gotas, naquele oceano, desistiam na primeira onda? Quantos deixavam com que o desanimo fosse seu melhor amigo? No alto daquele morro a paz invadiu meu ser. E ali abraçado ao meu amor, meus sofrimentos começaram a bailar pelo meu corpo. Mostrando tudo o que me ensinaram. Refleti sobre cada passo errado. Comemorei cada acerto. No alto daquele morro, entre as praias de torres, a paz, vestida de branco, invadiu meu ser. E por eternos instantes, encontrei-me com meu intimo. E ali, quando beijei meu amor, descobri que a coisa mais importante da vida é a própria vida.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
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