Caminhava na praia, sozinho. Foi quando vi, escrito na areia, dois nomes. Grifados, talvez, com muito amor. Ali naquela areia branca alguém escrevera: Felipe e Jéssica. Talvez o jovem casal quisesse demonstrar seu amor. Devem ter escrito juntos, de mãos dadas, depois ele disse algumas coisas de amor e num beijo selaram mais um momento feliz. Continuo a caminhar, e ao fitar o mar começo a imaginar. Como teria sido o primeiro encontro dos dois? Será que ele sempre passava na frente da loja da dela – como meu tio fazia? Será que se viam na faculdade? Talvez eles tenham se encontra na balada, ao som de uma musica eletrônica, aliás não consigo entender esse negocio de Psy e House... Para mim são todas iguais. Talvez estivessem bêbados de mais. Ela com as amigas Dançando e vendo-o com os amigos, como sempre, parados no canto. Então ele se aproxima, dança com ela. Ambos se olham e se beijam. Depois de muito amor carnal ele pergunta: “Qual o seu nome?”. E ali começa o interrogatório, ao menos ficam juntos. Pelo menos, até ela ou ele ir embora. Combinam então de se encontrar na praia. Ele ainda sem acreditar fala com o amigo: “Meu que gata!”. Impressionado vai ao encontro dela na beira-mar. Ambos se olham e percebem um ao outro. “Ela era um pouco diferente”, pensa ele, ao mesmo tempo em que ela pensa: “Ele era mais fortinho ontem”. Porém nenhum dos dois pode dizer não, agora que já está marcado o encontro. Ambos se olham e se beijam. A conversa é fácil e no calor do momento acham um graveto e escrevem os seus nomes. É deve ter sido assim. Acho que aquele negócio de ficar esperando dias e meses pelo primeiro beijo, realmente acabou. Volto para ver se encontro, novamente, a grafia de meus pombinhos. Porém o mar já levou consigo os dois nomes apaixonados que estavam ali grafados na areia do tempo.
segunda-feira, 7 de março de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Muito bom o texto! :)
ResponderExcluirO tempo... Nada como o tempo, que de tempo em tempos se vestes de mar e paga paixões.
ResponderExcluirAdorei sua crônica.
O tempo... Nada como o tempo, que de tempo em tempos se vestes de mar e paga paixões.
ResponderExcluirAdorei sua crônica.