Não sou um cronista, nem tampouco consigo manter meu compromisso com esta página. Trabalho e estudos me comem muito tempo. Devo desculpas a vocês leitores. Porém creio que não poderia deixar de falar sobre as eleições. Tanto que reservei um tempo, deixei os livros e afins de lado para – palavra por palavra – mostrar a vocês o óbvio... Claro que de uma forma rebuscada. Já que o papel de loucos como eu, que escrevem sem parar, é simplesmente fazer com que vocês leitores enxerguem as sutilezas de se viver. No caminho da faculdade até minha casa pensei várias vezes em como começar este humilde texto. Diversas idéias me vinham à mente. Poderia falar de uma porção de coisas, como a falta de interesse nossa com os candidatos, o fato de não sabermos propostas de nenhum deles, o fanatismo político partidário que tanto enoja minhas veias, as compras de voto e o comércio nas eleições, dentre muitos outros assuntos. Contudo, porém, antes que delineasse algumas palavras para “enfeitar” o papel branco do word, ocorreu-me que de todos esses assuntos já cansaram dos holofotes da mídia. A grande maioria está “careca” de saber o que rola em período eleitoral. Então, como nos desenhos animados, uma lâmpada acendeu sobre minha cabeça. E uma grande pergunta – base de todas as boas filosofias – dominou minha nume. Porque odiamos o horário eleitoral? Será que é porque ele interfere na nossa rotina, encurtando ou modificando os programas que costumávamos assistir naqueles horários ou pelo fato de não acreditarmos no que os “engravatados” dizem? Digamos que as duas opções. Existem os que não gostam por um, ou que não gostam por outro. Porém, como ainda existem pessoas que ouvem a Hora do Brasil, há os que não perdem um programa eleitoral gratuito. E é esta opção de escolha que nos torna um país democrático. O que me leva a pensar no grande paradoxo das eleições. Se nosso país é democrático, porque o voto é obrigatório? Você pode pensar leitor: “É obvio, porque assim ninguém votaria”. E se, de fato, isso acontecesse teríamos de repensar nossa estrutura política. Já que a falta de votantes seria a demonstração de incredulidade e insatisfação com a classe política, ou politiqueira, como você preferir. Acho que o medo vem nos obrigando a enterrar nosso país. Já que no sistema atual os poucos interessados em exercer seu papel de cidadão não decidem as eleições. E a grande maioria – que odeia política, não entende e não quer entender – decide quem serão os nossos governantes. Fora que muitos vendem seu voto e o trocam por gasolina, botijão de gás, dentadura, entre outros favores. E, geralmente, os incrédulos que pensam: “Todos os políticos são iguais”, serão os mesmo que tentarão ganhar algo com as eleições. “Já que eles vão continuar roubando meu dinheiro mesmo e ninguém vai puni-los. Pelo menos vou faturar” e assim tudo o que construímos vai por água abaixo. O odiado horário eleitoral vive esquecido, coitado. Justo o programa que todos deveriam ver ou ouvir para conhecerem os candidatos, saberem de sua biografia e de suas propostas fica esquecido. Candidatos são defendidos cegamente porque simplesmente gostamos dele ou ganhamos algo. Se o voto não fosse obrigatório, não digo que a politicagem acabaria, mas pelos menos diminuiria. Os candidatos teriam de apresentar um alto nível, já que além de conquistar as pessoas, teriam que motiva-las a saírem de suas casas no seu único dia de descanso – domingo- para depositarem nele a sua parcela de decisão no futuro do país, Estado e Município. E os horários eleitorais? Deveriam continuar obrigatórios para garantir igualdade para todos os candidatos e o princípio de que qualquer um pode se candidatar. O tempo de cada candidato é que teria de se repensar. Vemos uma desigualdade grande nesse quesito hoje. Por hora amigos, dou a vocês a mesma dica de todos. Escolham pelas propostas e biografia e não vistam a candidatura de ninguém com caso de vida ou morte. Porém para as próximas eleições vamos lutar... Chega da obrigatoriedade do voto! Participa e exerce seu papel de cidadão quem quer e quem realmente tem interesse! É hora de derrubar esse resquício de imposição e de a idéia de liberdade de escolha invadir as eleições. Vota quem quiser!
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Lebre e Tartaruga
Enquanto a lebre corria sem parar, a tartaruga planejava seus movimentos e sabia de suas limitações. Todos sabemos da vitória da tartaruga na fábula e , também, a moral da história. Já tão divulgada e professada. Porém é hora de pensarmos mais a fundo. Muito mais do que o lema “Devagar e sempre”, a fábula é uma dádiva sobre a confiança. Como diz o famoso velho ditado: “Tudo que é exagerado faz mal”. E, meus amigos leitores, isso vale para tudo em nossas vidas. O excesso de confiança da lebre pela sua larga vantagem, fez com que ela se acomodasse e tivesse a certeza da vitória. Tanto que foi dormir. E assim, amigo, é em nossas vidas. Cochilamos e pronto... Estamos desatualizados e demodês. Ainda mais agora em plena revolução tecnológica. Não podemos – mesmo depois de anos, décadas ou séculos de vida profissional – nos acomodar e pensar que tudo está garantido ou que já aprendemos tudo. Cabe aqui a grande frase de Sócrates: “Só sei que nada sei”. Nunca saberemos todas as coisas, não temos nem a dádiva de nos conhecermos a fundo. Por outro lado, amigos, na mesma fábula têm o exemplo da tartaruga. Confiante mas ciente de suas limitações. Em cada passo dado, procurava manter-se firme com cautela e sem pressa. Gostava de sentir cada movimento de seu corpo e esforçava-se para ir ao limiar de seus limites. Enquanto a lebre corria achando que ganharia pela sua larga vantagem e a tartaruga ia em seu ritmo, aprendendo e aperfeiçoando-se, confiante, mas sabendo dos riscos. Logo aproveitou o excesso de confiança e ganhou. Novamente cabe neste texto um velho ditado: “Cada coisa tem sua hora e cada hora seu caminho”. Paciência. Virtude em falta no mercado, mas necessária. Não adianta sairmos em disparada como a lebre. Em nossas vidas tudo acontece para nos engrandecer e em sua hora. Não adianta acelerarmos o processo. Boas oportunidades aparecerão. Alcançam o sucesso, que é igual a felicidade e realização, aqueles que aproveitarem melhor e aprenderem mais com os caminhos escolhidos. Então, amigos sejamos tartarugas da vida. Aprendendo e refletindo em cada nova etapa de nossa existência. Caminhando dentro dos nossos limites, mas sempre buscando ultrapassa-los.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
As folhas caem...
As folhas caem devagar, giram e chegam ao chão. Uma por uma desfrunta o sabor da queda-livre e formam uma camada colorida. Ali elas encerram o ciclo de suas vidas. Porém a árvore se mantém intacta e forte. Agora, seus galhos nus formam uma paisagem lúgubre. Observo atentamente esta cena. Somos as folhas! - Grita meu coração. Nascemos na arvore da vida. Aprendemos seus costumes, nos prendemos a ela. Entramos em um ciclo vicioso e vivemos atados as mesmas grades, impostas pela arvore. Até que os ventos do tempo batem e nos libertam para o infinito.
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