segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A ultima geração

E a distância leva aos corações as tramas da saudade. O desejo ardente, a curiosidade e uma vida sem igual. Aos que disseram que este sentimento iria acabar a resposta está ensaiada: Sim! É inegável o fato de as comunicações e a integração mundial estarem mais próximos. Digo isso, pois resolvi mandar uma carta para uma grande amiga. “Vamos fugir as tecnologias”, pensei. Logo veio o questionamento, aonde vai o endereço do remetente e do destinatário? É só entregar no correio? Como funciona? E assim passei horas, tendo que recorrer a minha anciã (Mãe), que muito usou deste artifício, hoje, ultrapassado, ou melhor dizendo... Sinônimo de azar, aliás, de contas a pagar. Já que, atualmente, nossas correspondências se dividem entre publicidade e faturas. Como todo bom brasileiro, mais pendências é claro!

Amigos leitores, minha grande duvida, que acredito ser a de vocês, é sobre as gerações futuras. Será que nossos filhos terão o sabor doce da simplicidade e da dificuldade em suas vidas? Passarão horas pensando em alguém sem ter comunicação com essa pessoa? A saudade linda e maravilhosa ainda vai se professar nos corações alheios, ou será resolvida com um toque? Muitas dúvidas... Mas, infelizmente, vemos que tudo indica que, para todos os questionamentos levantados, a reposta seja: Sim! Como o amor, a saudade morre lentamente, amigos. Somo a ultima geração... A ultima geração da bolinha de gude, do pião, da pipa, do tazoo, dos álbuns de figurinha, do super-mario, da TV Colosso, do Sitio do Pica-Pau Amarelo, enfim, somos os últimos a sentir este gosto.

Essa é à força da tecnologia, senhores, mudando sempre o produto a venda. Porém até onde vai nos levar a parafernália vermelha e azul? Tenho meu palpite... Arriscaria na solidão, no isolamento... Vivendo com amigos virtuais, pois a nova geração vive mais solitária e na frente de um vídeo-game, televisão ou computador, do que na rua conversando correndo. Aliás, não teremos mais crianças no futuro, apenas milhões de pequenos adultos, agindo, se vestindo, como se tivessem maturidade. Forçados, é claro, pelo mercado.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Morte Politíca

No meio de tantas filosofias gregas coladas nas paredes do nosso tempo, nos perdemos. Está difícil encontrar, na nossa geração, alguém que ainda acredite na política. Alguém que ainda viva e se importe com o nosso país, com a sua economia e com as leis. Cada vez mais, os sindicatos perdem filiados, as associações de moradores sua força. Até os novos professores estão se formando na cartilha do desinteresse, da inércia. Digo isso, leitores, pois ouço constantemente reclamações de professores antigos, em vias de se aposentar. E todos dizem o mesmo: “não sei o que será da nossa profissão, os novos não buscam não vão atrás dos seus direitos, não lutam não se mobilizam... só querem seu trabalho e dinheiro e ponto”. Claro, não vamos generalizar, pois no meio do joio sempre tem um pouco de trigo. Mas este é apenas um exemplo. Chegou à hora de enxergamos o problema que iremos enfrentar com essa inércia. Temos ainda muito que lutar muito no que progredir. Não basta querermos apenas sobreviver, apenas obedecer. Senhores, se não existissem anarquistas, comunistas, que lutaram pelos direitos de cada um, não teríamos em nosso mundo se quer uma constituição trabalhistas. Digamos não a inércia. Chega de desinteresse. Somos animais políticos, já afirmavam os filósofos gregos. Façamos política então. Lutemos por nossa classe trabalhadora, por nossos assalariados que passam fome e são escravizados. Até a política acadêmica tem sofrido. Criar Centros acadêmicos tem sido cada vez mais complicado, já que ninguém se interessa. Estamos apenas acatando a tudo que nos mandam fazer, a tudo o que dizem. Leitor duvide de tudo. Vamos lá... ao menos reflitamos então. Pois nem isso estamos fazendo. Chega de ler, algo, como este texto, e aceitar como verdade. Alias o que é a verdade? Inércia... vamos banir essa palavra de nosso dicionário. Senhores... vamos à luta! Ou, ao menos, vamos nos interessar por política. Visto que no fim das contas ela que decide tudo.