É hora de começar o turno, Márcio coloca o seu jaleco e se preparar para ir ao torno começar o trabalho. No caminho, seu chefe o chama. “Estou com problemas! Não posso perder esse emprego’”, pensa. Ao chegar no escritório, o chefe olhando pela janela começa o discurso:
- Bom você sabe que estamos passando por problemas financeiros. Os pedidos diminuíram e precisamos reduzir custos. A crise está forte ainda.
- Sim, mas está voltando ao normal.
- Não, impressão sua. Bom, vou ser direto, o que acontece é que não temos mais condições de te manter aqui…
- O senhor está me demitindo? Depois de 20 anos! Tudo o que fiz por essa empresa…
- Calma! Não é bem um demissão. Podemos entrar num acordo. Te darei uma opção que ficará bom para nós e para você: o trabalho intermitente. Nós o demitimos, pagamos sua indenização e você nos devolve metade. Então continuará trabalhando.
- Mas isso não pode! Se vocês está me demitindo, porque eu te devolveria?
- Na verdade, estou lhe dando uma opção de continuar empregado. E claro que posso, você não viu a reforma? Estou tentando te ajudar aqui.
- Mas meu salário vai diminuir? E a insalubridade?
- Ah! O teu salário vai depender das horas que tu trabalhar. Hoje você recebe R$20 a hora, após a mudança será R$10. Insalubridade? Não visse o acordo com o sindicato? Não tem mais.
- Mas e o piso da categoria?
- Não serve para nada. No trabalho intermitente só as horas que você fará que importarão.
- Bom pelo menos a rescisão vai me dar um bom dinheiro.
- É... assim, mudou o cálculo então você receberá menos.
- Mas eu comecei a trabalhar antes de a lei ser aprovada.
- Bom, entre na justiça se não concorda. Então o que será? Vais continuar conosco? Sabe neh!? Não está fácil arranjar emprego.
- E o seguro?
- Não tens direito.
Márcio ficou fitando seu chefe, sem saber o que responder. Um turbilhão pensamentos. “Mas se eu for só demitido e não encontrar emprego? Não posso ficar sem trabalhar, minha família depende disso..”
- Tudo bem!
- Isso! Você tomou a decisão certa. Amanhã depositaremos o valor e você nos trás o combinado e já assina os papéis. Fechado?
- Fechado.
Apertaram as mãos e Márcio voltou ao trabalho. Ainda sem acreditar. “Todos falam que a economia está reagindo, estou trabalhando o mesmo que antes da crise”, pensava. Até conversar com seus colegas e descobrir que apenas os encarregados não estavam sendo demitidos e contratados como terceirizados ou para receber por hora trabalhada. “O que faremos?Nada? Pelo jeito...”, disse a si.
- Bom você sabe que estamos passando por problemas financeiros. Os pedidos diminuíram e precisamos reduzir custos. A crise está forte ainda.
- Sim, mas está voltando ao normal.
- Não, impressão sua. Bom, vou ser direto, o que acontece é que não temos mais condições de te manter aqui…
- O senhor está me demitindo? Depois de 20 anos! Tudo o que fiz por essa empresa…
- Calma! Não é bem um demissão. Podemos entrar num acordo. Te darei uma opção que ficará bom para nós e para você: o trabalho intermitente. Nós o demitimos, pagamos sua indenização e você nos devolve metade. Então continuará trabalhando.
- Mas isso não pode! Se vocês está me demitindo, porque eu te devolveria?
- Na verdade, estou lhe dando uma opção de continuar empregado. E claro que posso, você não viu a reforma? Estou tentando te ajudar aqui.
- Mas meu salário vai diminuir? E a insalubridade?
- Ah! O teu salário vai depender das horas que tu trabalhar. Hoje você recebe R$20 a hora, após a mudança será R$10. Insalubridade? Não visse o acordo com o sindicato? Não tem mais.
- Mas e o piso da categoria?
- Não serve para nada. No trabalho intermitente só as horas que você fará que importarão.
- Bom pelo menos a rescisão vai me dar um bom dinheiro.
- É... assim, mudou o cálculo então você receberá menos.
- Mas eu comecei a trabalhar antes de a lei ser aprovada.
- Bom, entre na justiça se não concorda. Então o que será? Vais continuar conosco? Sabe neh!? Não está fácil arranjar emprego.
- E o seguro?
- Não tens direito.
Márcio ficou fitando seu chefe, sem saber o que responder. Um turbilhão pensamentos. “Mas se eu for só demitido e não encontrar emprego? Não posso ficar sem trabalhar, minha família depende disso..”
- Tudo bem!
- Isso! Você tomou a decisão certa. Amanhã depositaremos o valor e você nos trás o combinado e já assina os papéis. Fechado?
- Fechado.
Apertaram as mãos e Márcio voltou ao trabalho. Ainda sem acreditar. “Todos falam que a economia está reagindo, estou trabalhando o mesmo que antes da crise”, pensava. Até conversar com seus colegas e descobrir que apenas os encarregados não estavam sendo demitidos e contratados como terceirizados ou para receber por hora trabalhada. “O que faremos?Nada? Pelo jeito...”, disse a si.
