- Filho coloca esse boné para bater foto. – Dizia a mãe do menino.
- Não!!!! – Gritava a criança, de uns dois anos, e jogava o boné no chão.
A mãe olhava para o menino a brincar na areia e sentia certa frustração.
- Coloca o boné para a gente bater uma foto bem bonita. – Falou em um tom meigo, enquanto colocava o boné na criança.
- Não! – respondeu e novamente jogou longe aquele boné.
E assim a cena se repetiu por diversas vezes, enquanto tentava eu fotografar o menino brincando no parque. Cada vez que ele rejeitava com tamanha certeza aquele boné, eu percebia a simplicidade perdida no mundo dos adultos. Lembrando dos diversos “sapos” que tive que engolir. Das diversas vezes que me escondi por de trás de minha máscara de pano. “Não”. Uma palavra bastante repetida em nosso vocabulário e tão mal usada. Quantas vezes eu deveria tê-la proferido e por conveniência ou medo não a utilizei? Cada vez que aquela criança rejeitava o boné com tamanha facilidade, por simplesmente não querer usá-lo, mesmo que a mãe insistisse, perguntava-me por que eu não podia rejeitar aquilo que não queria? Seja no trabalho ou na “vida pessoal”. Porque eu perdera essa simplicidade? Talvez o medo seja o grande vilão nessa história. Já que é por medo que aceitamos aquele pedido especial no trabalho que irá colocar por água a baixo o fim de semana planejado com a família. Já que é por medo que começamos a mentir até ficarmos a deriva em um oceano de inverdades. “Não”. Palavra que divide opiniões. Até na hora de criar os filhos. Enquanto alguns entendidos acreditam que a repetição desta palavra na infância tem conseqüências ruins no futuro, outros dizem que ela deve ser usada para impor limites e ensinar. A cena continua a se repetir em minha frente. E pela ultima vez a mãe fala:
- Usa o boné meu filho, o sol vai queimar teu rosto. – E o coloca devagar na cabeça do menino, que por alguns minutos aceita. Porém quando o sol baixa:
- Não tem mais sol, mamãe. – Diz a criança e joga novamente o boné no chão.
A foto está garantida. Mas os questionamentos continuam em minha mente. E no meio desse deserto de indagações uma palavra surge como um oásis: sabedoria. Sempre podemos dizer “não”, mas nem sempre é sábio fazê-lo. Temos que aceitar alguns pedidos especiais no trabalho, mas não todos. Temos que contar algumas mentirinhas, mas nunca quando o assunto for sério. Logo a questão é saber equilibrar o “Não” e o “Sim”, buscando sempre a melhor solução para todos os envolvidos na nossa decisão.
- Não!!!! – Gritava a criança, de uns dois anos, e jogava o boné no chão.
A mãe olhava para o menino a brincar na areia e sentia certa frustração.
- Coloca o boné para a gente bater uma foto bem bonita. – Falou em um tom meigo, enquanto colocava o boné na criança.
- Não! – respondeu e novamente jogou longe aquele boné.
E assim a cena se repetiu por diversas vezes, enquanto tentava eu fotografar o menino brincando no parque. Cada vez que ele rejeitava com tamanha certeza aquele boné, eu percebia a simplicidade perdida no mundo dos adultos. Lembrando dos diversos “sapos” que tive que engolir. Das diversas vezes que me escondi por de trás de minha máscara de pano. “Não”. Uma palavra bastante repetida em nosso vocabulário e tão mal usada. Quantas vezes eu deveria tê-la proferido e por conveniência ou medo não a utilizei? Cada vez que aquela criança rejeitava o boné com tamanha facilidade, por simplesmente não querer usá-lo, mesmo que a mãe insistisse, perguntava-me por que eu não podia rejeitar aquilo que não queria? Seja no trabalho ou na “vida pessoal”. Porque eu perdera essa simplicidade? Talvez o medo seja o grande vilão nessa história. Já que é por medo que aceitamos aquele pedido especial no trabalho que irá colocar por água a baixo o fim de semana planejado com a família. Já que é por medo que começamos a mentir até ficarmos a deriva em um oceano de inverdades. “Não”. Palavra que divide opiniões. Até na hora de criar os filhos. Enquanto alguns entendidos acreditam que a repetição desta palavra na infância tem conseqüências ruins no futuro, outros dizem que ela deve ser usada para impor limites e ensinar. A cena continua a se repetir em minha frente. E pela ultima vez a mãe fala:
- Usa o boné meu filho, o sol vai queimar teu rosto. – E o coloca devagar na cabeça do menino, que por alguns minutos aceita. Porém quando o sol baixa:
- Não tem mais sol, mamãe. – Diz a criança e joga novamente o boné no chão.
A foto está garantida. Mas os questionamentos continuam em minha mente. E no meio desse deserto de indagações uma palavra surge como um oásis: sabedoria. Sempre podemos dizer “não”, mas nem sempre é sábio fazê-lo. Temos que aceitar alguns pedidos especiais no trabalho, mas não todos. Temos que contar algumas mentirinhas, mas nunca quando o assunto for sério. Logo a questão é saber equilibrar o “Não” e o “Sim”, buscando sempre a melhor solução para todos os envolvidos na nossa decisão.
