E a vida continua... Como Fredie Mercury canta em meus ouvidos: “ The show must go on” . Sim! O show deve continuar... Como na cena do filme Moulin Rouge, amor em vermelho, em que descobrem que a atriz principal está com tuberculose. O importante de viver... É caminhar. Afinal, se você estiver triste, furioso, feliz ou apaixonado, isso não fará diferença para o tempo. Ele continuará a passar... Então, amigos vamos lá! Parafraseando Zeca Pagodinho, aos trancos e barrancos lá vamos nós. Não podemos parar na pista, porque senão o carro pode nos pegar, amor não desista, se você para o carro pode te pegar, como diz Raulzito em uma de suas canções. Companheiros, nossa única preocupação deve ser o presente. Acredito que devemos viver como um viciado em recuperação, um dia de cada vez. E assim continuar dando passos fortes em direção da morte, destino de todos. Só não podemos acordar aos 50, 40 ou 30 anos e perceber que não aproveitamos as oportunidades. Amigos, tudo muda. O hoje não é o mesmo que amanhã e o passado serve como lição. The show must go on... Sim! E o show vai continuar inacabado... Mesmo você atuando ou não no teatro da vida, o show vai continuar. Talvez de forma diferente, porque a vida é uma obra inacabada. É! Hoje aqui amanhã não se sabe, por isso temos que viver agora antes que o dia acabe, parafraseando uma canção do LS Jack. O engraçado é que estar vivo é como ser um político ou um jornalista... Levam-se anos para crescer e apenas segundos para morrer. A existência é uma linha fina e suscetível a qualquer lâmina. Cantamos para a nossa morte, como na canção do Raulzito... A morte deve ser o segredo da vida. É! Deve ser... Pelo menos ela caminha ao nosso lado. Por isso que temos de viver como viciados em recuperação... Um dia após o outro, sentindo o gosto da vida em cada lágrima, sorriso, abraço, em cada fato bom ou ruim. Porque o show vai continuar, com ou sem nosso corpo, e este deve ser o motivo para buscarmos sermos o melhor para todos. Dar a mão, ao invés de chicotear nossos colegas. E sabe... Alguns podem se achar superiores, mas acabarão, também, ao nosso lado a sete palmos do chão. E quando a morte vier dar o seu beijo letal deixaremos apenas uma lembrança: o amor. Sim! O amor que doamos em vida. Então... Feridos ou não... Vamos caminhar amigos! E tentar viver da melhor maneira possível, pois o show deve continuar!
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
O sorriso e o sonho
No meio de uma vida corrida, sem tempo para olhar pela janela e enxergar a beleza, parei ante a um sorriso angelical desenvolvido e estruturado por mãos perfeitas e por uma nítida vontade de aparecer bonita na foto. Era uma criança que sorria. A cada segundo de modo diferente. Se eu apontava a câmera ela parava e me fitava. Estava sendo a diversão do momento. Diversão... Palavra difícil de ser encontrada no dicionário dos adultos, aonde só existe reclamação e dor. Porém o que move estes pequenos seres a se divertirem com tampouco (Neste caso uma câmera)? O que faz estas crianças brigarem e se perdoarem em menos de segundos? Acredito que isto seja obra dos sonhos. Não estou locou... Apenas tenho esta idéia. Acho que os sonhos movem as crianças. Afinal todas elas crescem sonhando em ser adultos, trabalharem e estudarem. Engraçado que quando somos adultos queremos ser crianças novamente. O fato é que a capacidade de sonhar e imaginar dos pequenos é absurda. Capacidade esta que perdemos com as pedras em nosso caminho. Em cada tropeço lá se vai nossa imaginação. E assim o amargo e o cinza começam a tomar conta de nossos enfadonhos dias. A garota continua a sorrir e sua beleza toca meu coração. Quanto tempo perdido em meio à negritude do dia! A vida podia ser resumida neste segundo, eternizado em fotografias. Procuro a criança dentro de mim, mas ela se foi. Apenas uma palavra rodeia meu corpo: Responsabilidade. Porém sigo me perguntando, porque não sorrimos? Porque a imaginação está perdida? Porque nos preocupamos tanto com coisas sem sentido? Meus devaneios são interrompidos, o gongo tocou e tenho que partir. Sonhar, imaginar... Palavras irmãs. Imaginando podemos sonhar, sonhando imaginamos o futuro e, talvez, possamos sorrir. Sonhar... Não só com projetos pessoais, mas com um mundo melhor. A menina agora se despede. Meu coração dispara e em um toque deseja toda a sorte para a pequena. Que ela sonhe e muito! Pois sonhar traz alegria e devolve o colorido à vida. Sonhe!
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Vida longa as dedicatórias !
Comprei e li um livro de Rubem Alves. “Concerto para o corpo e alma”... Grande coisa? Bom o livro tem muitos ensinamentos, mas um nome assinado em sua lateral me chamou atenção. Estela Comin deve saber do que falo. Por isso que amo comprar livros no sebo, às vezes você acha algum premiado e começa a traçar um perfil da pessoa que deixou sua marca. Talvez, para Estela, o livro lembre algum romance antigo. Porém como será esta pessoa que passou horas de sua vida debruçada sobre a cama se deleitando das palavras do Rubems? Imagino uma mulher loira, sorridente e feliz com a vida. Não sei por que. Bom às vezes, nesses livros do sebo, encontramos recompensas maiores do que só um nome. Como no “Xangô de Baker Street”, escrito por Jô Soares, que comprei há uns três anos. Além de um nome, uma mensagem escrita à mão diz... “A leitura é o alimento do nosso espírito. Com ela viajamos através dos continentes, dos países e do mundo inteiro. Ler é adquirir conhecimento, engrandecer a alma e nos tornar melhores... Otenir”. Será que a pessoa que recebeu este livro aprendeu esta sábia lição? Ler é viajar, ler dedicatórias de livros antigos, também. Por isso que adoro ser premiado no sebo. Assim vou descobrindo histórias e inventando personagens. Otenir, para mim, é um homem de quarenta anos com barba, solteiro e que perdeu seu grande amor na juventude. Talvez, ele seja professor. Aliás, acredito que Estela, também, é solteira. Até que ela, no auge dos seus 25 anos, descobre em seu coração um afeto pelo seu professor da faculdade de Letras, chamado... Otenir é claro! Então os dois começam, secretamente, a mandar mensagens de amor. Porém, Otenir estava casado com sua fé e resistia. Isso não a fez desistir e, após, muito tempo tentando e demonstrando amor conseguiu ficar ao lado do seu sonhado Otenir. E assim, os dois devem estar descansando agora juntinhos como os dois livros com seus nomes em minha estante. Casados, com filhos, ela trabalhando e ele ainda lecionando. O carro, gol, deles ainda está na oficina e, puxa! Como as crianças cresceram... Bom, e assim a história continua como sempre... Felizes até a TPM! Agora começo a lembrar de todos os livros que já distribui com dedicatórias bonitas e feias, mas de coração. Será que algum dia comprarei um livro com minha assinatura? Ou então outra pessoa comprará? Será que ela inventará histórias de amor? Espero que não. Digo isso, porque acho que temos que cultivar as boas lembranças. Livros com dedicatórias são invendáveis! Em cada letra uma história diferente, uma mensagem e um aprendizado. É... Vida longa aos livros com dedicatória!
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