domingo, 12 de dezembro de 2010

Certo e Errado

Duas forças agem sobre meu corpo. Minha mente vaga pelas infinitas morais, pelos infinitos modos de se agir. O que é certo e errado? O que significam essas palavras? Meu coração explica que a resposta para essa pergunta deve ser baseada em alguma fé, mas tantas fés se professam... Já nem sei como conciliar. Já não sei mais o que é a morte, se existe céu ou inferno. Já não sei se existem demônios, o que sei é que sinto uma força superior em cada sorriso infantil, em cada gesto de carinho, em cada momento de alegria e tristeza. Sinto um algo superior agindo sobre nós enquanto escrevo estas linhas com muita emoção e pouco conhecimento prático. Talvez críticos do português façam comparações, talvez vocês leiam e pensem o quanto sou ridículo. Porém algo me faz movimentar os dedos. Talvez seja à força de algo superior a nós. O que são os sentimentos? Não sei... Não sei nem de onde eles vêm. Sei que nos fazem cometer erros. Ao mesmo tempo em que penso o que é um erro? Duas forças agem sobre meu corpo. Porém como saber lidar com elas? Como controlar minhas vontades e desejos de homem animal? Controlar para que?



Olho as nuvens e penso... Será que modificamos a natureza e criamos cargos, posições, status, casamentos, profissões, religiões, guerras, poder... Para dar algum sentido a nossa existência vazia? Sei que estou levantando muitas questões e respondendo pouco. Também tenho conhecimento de que este texto não tem lógica nem argumentação. Porém não se preocupem, quero apenas levantar questões que às vezes passam despercebidas e não irei as responder, já que não tenho este conhecimento e desabafo nesta linha minhas inquietações. Voltando ao assunto... Porque criamos todas essas regras de convivência, morais, jurídicas, porque necessitamos de tantas regras? Duas forças agem sobre mim, porque sou cristão e sigo as regras de cristo. Também sou cidadão, e vivo sobre as leis do estado. Talvez por isso as forças da luz, como inventaram, e das trevas estejam tentando me dominar. Algo pode estar me induzindo a errar - do ponto de vista de minhas crenças. Porém no que você acredita? No que acreditamos? Amigos... Não busquem respostas. Apenas reflitam... Pensem e se questionem. Para que vocês sintam o que sinto neste momento tão importante, aonde verbalizo - através desta máquina maluca - tudo o que me aflige em tempos tão conturbados, em que não sabemos no que acreditar nem tampouco em quem acreditar. No meio disso, uma frase - apenas - me parece certa: Tudo tem dois lados.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Crianças

Quando fui bater umas fotos em um hospital da região ouvi da irmã que comandava o hospital uma frase interessante que me fez escrever estas linhas. Com todo amor e carinho ela me disse: “ Gastamos tanto com essas crianças, pensamos tanto em salvar a vida delas... ai depois elas crescem vem um bandido e leva a vida delas . Assim fácil ....e o pior, não existe punição”.  Senti-me aniquilado e pensativo naquele curto instante.  “É verdade não é?” tentamos salvar a vida de crianças que talvez voltem para suas casas, em algum bairro dominado pela violência, e esqueçam a escola. Talvez se tornem bandidos, mocinhos, políticos ou pessoas de bem. Porém todos estarão alheios a essa praga do destino e podem, com facilidade, perder suas vidas em um assalto. “Eu entrei no carro falei que era um assalto. O cara foi puxar o freio de mão, pensei que ele ia pegar uma arma e o matei”, disse um detento em alguma edição da VEJA. Assim... Fácil! Como se para ganharmos vida, não tivéssemos que lutar. Como se para sobreviver, também, não tivéssemos que lutar. “Briguei com um cara e dei umas facadas nele, ele morreu. Então eu estava no bar e um amigo dele veio tirar satisfação então eu falei: ‘Quer brigar irmão? ’ele disse: ‘Sim’, então peguei uma faca e matei-o, um dos meus amigos foi me acalmar e matei-o também, no memento de raiva. Só da morte do meu amigo, me arrependo”, falou outro detento a VEJA. E a vida? Que importa? Para caras como esses detentos nada. Pessoas e exemplos como esses que levaram a irmã a falar aquela frase. Porque tantas mortes? E o pior... Porque tantas mortes por motivos absurdos? (Não que algum motivo justificasse tal ato). E assim... O sol da esperança vai caindo na escuridão e fenecendo.  Assim como nossa segurança. E as crianças? Vamos investir nelas, pois apesar de tudo, ainda temos bons exemplos. Por mais que a educação seja horrível. Continuemos senhores... continuemos!!!