domingo, 27 de junho de 2010

O jogo

A bola começa a rolar, milhões de corações angustiados roem unha, balança a perna.... Batucam na mesa. A cada minuto que passa a angustia aumenta as unhas diminuem, a perna cansa... E a mesa? Quase quebra. Olhos atentos, alguém tenta conversar, mas já o mandam fechar a matraca. “Vai... Vai!”, gritam todos. E quando o atacante chuta pra fora... “UHHHHHHHHHHHHHHHh.... que burro! Esse até eu fazia!”.

O narrador, também, ansioso para ver brilhar a estrela, entra no clima e transporta sentimento em sua fala. E os comentaristas influenciam os angustiados a terem uma opinião formada, ou então, xingá-lo. “Esse cara não sabe nada! Ele não ta no 4-4-2, ele ta no 4-4-3”. Os sons das cornetas não param na TV e o ouvido não agüenta mais, a comida já está quase pronta. “O irene, ta pronto o cachorro? Rápido, esse jogo ta acabando... e essas cornetas já to de saco cheio!”. O fim está próximo.

Todos ainda na pressão, observando e se concentrando na telinha ou telona mágica. Alguns com fantasias, óculos coloridos, chapéus diferentes, outros não tão empolgados, pensando na bolsa de valores e na idiotice dos homens que veneram um esporte e matam ou morrem, literalmente, pelo seu time. Mal sabe ele, que esporte, não é diversão é guerra. É o instinto competitivo de nosso lado animal. São pessoas tentando mostrar sua superioridade muscular ou de raciocínio. E o juiz? Figura paradoxal. Para os que se sentem roubados é um FDP, Desgraçado, PNC. Já para os torcedores do outro time um santo, um ótimo profissional... Quase um Deus.

E assim o tempo vai passando... Os nervos do corpo se contorcendo e o coração batendo cada vez mais rápido. Um grito fica guardado dentro do corpo. Todos querendo soltá-lo o mais rápido possível, mas “o time não ta ajudando, os ‘caras’ não tão jogando nada!”. E assim, sempre assim, nosso mundo verde e amarelo vai passando e o nosso patriotismo morrendo a cada novo confronto na tão famosa copa. Porém o coração de um apaixonado sempre gostará de sentir está angustia no peito e de soltar o famoso grito. Não mais por seu país, agora por seu time. No mais, tudo igual, políticos fazendo promessas... Pessoas morrendo de fome... Economia crescendo... Desigualdade também... Porém tanto faz. O importante mesmo é gritar: “Hexa campeão! Hexa campeão! Hexa Campeão!”.

sábado, 5 de junho de 2010

Visão

A felicidade pode vir de tampouco. As vezes sonhamos, buscamos, e nos iludimos com algo que não podemos alcançar. É como os homens que caçam mulheres e as mulheres que caçam homens. Ambos querem algo sério sim, mas são indecisos. Perseguem idéias impostas por outros meios. Ambos se atem a uma imagem e focam nela toda a sua energia, esquecendo-se de viver cada momento. Digo isso, pois ouvi uma frase que me tocou e me levou a esse raciocínio. Já lhes falarei que frase é antes devo continuar meus devaneios. É incrível como alguns se desesperam por tampouco. Basta alguma roda levantar um pouco dos trilhos que já começam a pensar que a vida é uma “merda” e que o trem ira descarrilar. Há, também, aqueles que riem de tudo, fingindo serem alegres, mas no fundo escondem o que sentem. Esses devem se cuidar também. Amigos, alegria e tristeza, são partes integrantes da vida. Acostumem-se. Nem sempre vamos acertar, nem sempre vamos ser os melhores, nem sempre vamos ser amados, aliás, não podemos obrigar ninguém a nos “engolir”. Vamos vier e sentir! Vamos senhores, sentir o gosto da fruta. Vamos cantar. Vamos dançar. Amar! E amar muito! E tudo o mais... Sentir e conhecer outros cantos, fugir da rotina, escutar histórias de pessoas mais vividas, sentir a emoção de quem conta essas histórias. Chega de pensarmos e sermos egoístas. Vamos ligar no outro dia, nos preocupar com outros, não fofocar, mas realmente ter compaixão. E o principal, chega de chorar por coisas insignificantes. Devemos nos alegrar e pensar no que temos e o que conquistamos, chega de projetar futuros e se decepcionar se as coisa não andarem bem. Aliá, o que é o futuro? Chega de pensar no passado. Recomece agora a escrever seu livro. Sim! Recomece do zero. E mude seu ponto de vista. Mude o ângulo de sua visão. Agora vem ai a frase que me fez pensar em tudo isso. “Existem pessoas que enxergam um cisco no olho da outra, mas são incapazes de ver uma floresta”. Pessoas que focam apenas em algo pequeno e se frustram por isso, esquecendo de observar a imensidão eu é a sua vida. Não somos os culpados por tudo o que acontece conosco. Vivemos em sociedade, unidos, como irmãos. E , acreditem, as ações dos outros refletem sim em nossa vida. Não estamos ilhados e vivemos em conjunto. O acaso tem muita influencia sob nós. Não quero me alongar, por isso vou lhes dizer para não concordarem com tudo o que falei, mas raciocinarem e pensarem se isso procede. Estou apenas levantando um tema. Olhem para si e vejam, ou melhor, sintam. Nem revisei este texto, o deixei com a emoção que senti ao escrevê-lo... Espero que lhes seja útil.